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Comentário de 1 Coríntios

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426 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

nosso Pai, submetamo-nos 112 a sua disciplina em obediência espontânea.<br />

Há muitos outros meios pelos quais esses pensamentos po<strong>de</strong>m<br />

ser-nos <strong>de</strong> muita utilida<strong>de</strong>, a saber: transformam nossas disciplinas<br />

em algo saudável para nós, já que nos ensinam a mortificação da carne<br />

e a humilda<strong>de</strong> diante <strong>de</strong> Deus; nos fazem habituados a obe<strong>de</strong>cer a<br />

Deus; nos convencem <strong>de</strong> nossas próprias fraquezas; lançam chamas<br />

em nossos corações com solicitu<strong>de</strong> pela oração; nos fazem esperançosos<br />

<strong>de</strong> que realizaremos uma gran<strong>de</strong> obra; <strong>de</strong> modo que, seja longa<br />

ou breve, qualquer que seja a severida<strong>de</strong> que porventura haja nesses<br />

pensamentos, é tudo absorvido pela alegria espiritual.<br />

33. Por isso, meus irmãos. Ele <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> lado o ensino <strong>de</strong> natureza<br />

geral e se volve agora para o caso particular com o qual começara. Ele<br />

termina dizendo que na Ceia do Senhor a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser preservada,<br />

para que haja genuína participação <strong>de</strong>la, e que cada um por sua<br />

vez não celebre sua própria ceia; e finalmente diz que este sacramento<br />

não <strong>de</strong>ve ser confundido com festas ordinárias.<br />

34. Quanto às <strong>de</strong>mais coisas, or<strong>de</strong>ná-las-ei quando for. É provável<br />

que houvesse outros assuntos além <strong>de</strong>stes, os quais não valiam a<br />

pena acrescentar; mas já que eram <strong>de</strong> bem menos importância, o apóstolo<br />

adia sua inclusão até que visite os coríntios. Ainda que se prove<br />

que nada disso realmente existiu lá, todavia, visto que uma pessoa só<br />

tem pleno conhecimento do que é necessário quando está presente,<br />

Paulo reserva para si a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizar as coisas pessoalmente,<br />

segundo as exigências da real situação que porventura encontre.<br />

Os papistas tomam isso também contra nós, como um escudo<br />

em <strong>de</strong>fesa da missa. Pois interpretam isto como equivalendo o pôr em<br />

or<strong>de</strong>m que Paulo aqui promete; como se <strong>de</strong> fato tivesse assumido sobre<br />

si a liberda<strong>de</strong> 113 <strong>de</strong> interferir na imutável instituição <strong>de</strong> Cristo, a<br />

qual ele tão claramente endossa nesta passagem. Ora, que semelhança<br />

112 “Voluntairement, à soustenir tel chastisement qu’il luy plaira nous enuoyer.” – “Voluntariamente<br />

suportar tal disciplina segundo ele aprouver enviar-nos.”<br />

113 “Mais c’est bien à propos, comme si ce sainct personnage se fust donne ceste license.” –<br />

“Mas esta provavelmente seja uma coisa verda<strong>de</strong>ira! Como se aquele santo personagem<br />

se permitisse tal liberda<strong>de</strong>.”

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