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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 2 • 95<br />

apela para juízes idôneos e imparciais, 11 para que pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>clarar<br />

que a doutrina, a qual o mundo reputava como sendo insípida, era<br />

a expressão da genuína sabedoria. Entrementes, pelo termo falamos<br />

ele notifica que punha diante <strong>de</strong>les um elegante exemplo <strong>de</strong> admirável<br />

sabedoria, a fim <strong>de</strong> que ninguém questionasse que ele se vangloriava<br />

<strong>de</strong> algo <strong>de</strong>sconhecido.<br />

Não a sabedoria <strong>de</strong>ste mundo. Uma vez mais ele reitera, à guisa<br />

<strong>de</strong> antecipação, o que já havia admitido – que o evangelho não era<br />

sabedoria humana, para que ninguém objetasse, dizendo que havia<br />

poucos que apoiavam tal doutrina. Mais ainda, que ela era <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhada<br />

por todos quantos eram intelectualmente eminentes. Daí ele<br />

reconhecer espontaneamente o que po<strong>de</strong>ria ser apresentado à guisa<br />

<strong>de</strong> objeção, mas <strong>de</strong> tal sorte que <strong>de</strong> forma alguma se dava por vencido.<br />

Os príncipes <strong>de</strong>ste mundo. Pela expressão, príncipes <strong>de</strong>ste mundo,<br />

Paulo tinha em mente aqueles que são eminentes no mundo por<br />

causa <strong>de</strong> algum dote. Pois alguns há que nem sempre possuem acuida<strong>de</strong><br />

intelectual, todavia são tidos em admiração em razão da dignida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua posição pessoal. Entretanto, para que não nos alarmemos diante<br />

<strong>de</strong> suas aparências externas [larvis], o apóstolo acrescenta que eles<br />

serão reduzidos a nada ou perecerão. Pois não é justo que algo <strong>de</strong><br />

importância eterna <strong>de</strong>penda da autorida<strong>de</strong> daqueles que estão <strong>de</strong> passagem<br />

e perecendo, incapazes <strong>de</strong> oferecer perpetuida<strong>de</strong> até mesmo<br />

a si próprios. É como se quisesse dizer: “Quando o reino <strong>de</strong> Deus se<br />

manifesta, que a sabedoria <strong>de</strong>ste mundo se retraia, e o que é transitório<br />

ceda lugar ao que é eterno. Pois os príncipes <strong>de</strong>ste mundo têm sua<br />

distinção, porém é <strong>de</strong> uma natureza tal que se extingue num instante.<br />

Que é isso em comparação com o reino <strong>de</strong> Deus, que é celestial e incorruptível?<br />

7. A sabedoria <strong>de</strong> Deus em mistério. Ele assinala a razão por que<br />

a doutrina do evangelho não é tida em alta estima pelos príncipes <strong>de</strong>ste<br />

mundo: é que ela está envolta em mistério e, conseqüentemente,<br />

11 “Il ne s’en rapporte pas a vn chacvn, mais requiert <strong>de</strong>s iuges entiers.” – “Ele não submete<br />

a causa a cada um, mas apela para os juízes competentes.”

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