20.05.2014 Views

Comentário de 1 Coríntios

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

370 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

26. A terra é do Senhor. Ele estabelece, à luz do testemunho <strong>de</strong><br />

Davi, a liberda<strong>de</strong> que ele admitia [Sl 24.1 e 50.12]. Mas alguém po<strong>de</strong>ria<br />

formar a seguinte pergunta: “O que isto tem a ver com o presente<br />

assunto?” Minha resposta é: Se a terra e sua plenitu<strong>de</strong> pertencem ao<br />

Senhor, não há nada no mundo que não seja sagrado e puro. Devemos<br />

sempre prestar atenção à questão que o apóstolo está discutindo aqui.<br />

É possível que surja alguma dúvida se as criaturas <strong>de</strong> Deus se tornam<br />

impuras ao serem usadas pelos incrédulos em seus sacrifícios. Paulo<br />

nega tal conceito, porque o senhorio e possessão <strong>de</strong> toda a terra permanecem<br />

nas mãos <strong>de</strong> Deus. Por seu po<strong>de</strong>r, porém, o Senhor sustenta<br />

as coisas que tem em suas mãos, e, por causa disso, ele as santifica.<br />

Por isso, tudo o que os filhos <strong>de</strong> Deus usam é limpo, visto que o tomam<br />

das mãos <strong>de</strong> Deus, e <strong>de</strong> nenhuma outra parte.<br />

Pelo termo, plenitu<strong>de</strong> da terra, o profeta tem em mente a riqueza<br />

das boas coisas com as quais a terra é provida e enriquecida pelo<br />

Senhor. Pois se a terra não fosse provida <strong>de</strong> árvores, plantas, animais<br />

e outras coisas, seria semelhante a uma casa <strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> móveis e<br />

utensílios <strong>de</strong> todo gênero; ainda mais, seria algo mutilado e horrível<br />

<strong>de</strong> se contemplar. Uma resposta simples po<strong>de</strong> ser formulada e dada a<br />

qualquer um que suscite a objeção <strong>de</strong> que a terra permanece sob maldição<br />

em <strong>de</strong>corrência do pecado. Paulo, porém, aqui está pensando na<br />

natureza pura e intata, visto que ele está tratando com crentes, para<br />

quem tudo é santificado por Cristo.<br />

27. E algum dos incrédulos vos convidar. Aqui segue uma exceção<br />

a esse efeito, a saber: que se um crente, após ser advertido <strong>de</strong> que<br />

o que se acha diante <strong>de</strong>le foi oferecido em sacrifício a algum ídolo, e<br />

intuir que há risco <strong>de</strong> provocar escândalo, estará pecando contra seus<br />

irmãos se não se abstiver. Numa palavra, Paulo, pois, ensina que não<br />

se <strong>de</strong>ve causar injúria às consciências sensíveis.<br />

Ao dizer: “e quiser<strong>de</strong>s ir”, ele indiretamente notifica que não aprova<br />

plenamente tal coisa, e que seria melhor se <strong>de</strong>clinassem; mas, como<br />

se trata <strong>de</strong> uma coisa indiferente, então <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> não proibir em termos<br />

absolutos. E por certo que não há nada melhor do que manter-se à

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!