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Comentário de 1 Coríntios

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580 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

o pecado se avolumasse [Rm 5.20], ou para que ele extrapolasse toda<br />

medida [Rm 7.13].<br />

57. Mas, graças a Deus. À luz <strong>de</strong>sta atitu<strong>de</strong> transparece por que<br />

ele fez menção do pecado e da lei concomitantemente, enquanto trata<br />

da morte. Esta não teria aguilhão para ferir-nos se não fosse o pecado,<br />

e a este aguilhão a lei adiciona seu po<strong>de</strong>r letal. Cristo, porém, venceu<br />

o pecado, e através <strong>de</strong> seu triunfo nos granjeou vitória e nos redimiu<br />

da maldição da lei. Segue-se, portanto, que não mais estamos <strong>de</strong>baixo<br />

do po<strong>de</strong>r da morte. Conseqüentemente, mesmo que todas as bênçãos<br />

envolvidas não nos foram ainda reveladas, po<strong>de</strong>mos confiadamente<br />

gloriar-nos nelas, porque o que já foi plenificado na Cabeça <strong>de</strong>ve necessariamente<br />

ser plenificado nos membros. Temos plenos direitos,<br />

pois, <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhar da morte como um po<strong>de</strong>r vencido, porque a vitória<br />

<strong>de</strong> Cristo é a nossa própria.<br />

Portanto, quando ele diz que “a vitória nos foi dada”, <strong>de</strong>vemos<br />

enten<strong>de</strong>r, antes <strong>de</strong> tudo, que em sua própria pessoa Cristo <strong>de</strong>struiu o<br />

pecado, satisfez as exigências da lei, carregou a maldição, aplacou a<br />

ira <strong>de</strong> Deus e conquistou a vida; e, em segundo lugar, ele começou a<br />

fazer-nos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já participantes <strong>de</strong> todas as bênçãos. Porque, embora<br />

sejamos portadores <strong>de</strong> resquícios do pecado, todavia ele não mais<br />

reina em nós; embora ainda nos fira, todavia seus golpes não são mais<br />

fatais, porquanto seu gume está embotado, para que não mais penetre<br />

as partes vitais da alma. Conquanto a lei continua a nos ameaçar,<br />

todavia, em contrapartida, <strong>de</strong>sfrutamos dos benefícios da liberda<strong>de</strong><br />

que Cristo nos granjeou e que neutraliza os terrores da lei. Embora os<br />

restos da carne habitem em nós, todavia o Espírito, que ressuscitou a<br />

Cristo <strong>de</strong>ntre os mortos, é vida por causa da justiça [Rm 8.10].<br />

58. Portanto, meus amados irmãos. Satisfeito em haver provado<br />

satisfatoriamente a doutrina da ressurreição, o apóstolo agora conclui<br />

seu argumento com uma exortação; e isto foi muito mais eficaz do<br />

que se ele tivesse concluído <strong>de</strong> forma corriqueira, confirmando o que<br />

disse, ou, seja: “Já que vosso trabalho, no Senhor, não é em vão, se<strong>de</strong><br />

firmes e vos transbor<strong>de</strong>is <strong>de</strong> boas obras.” A razão por que ele diz que

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