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Comentário de 1 Coríntios

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304 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

9. Porque está escrito na lei <strong>de</strong> Moisés:<br />

Não amordaces a boca do boi que<br />

<strong>de</strong>bulha o grão. Porventura é <strong>de</strong><br />

bois que Deus se preocupa?<br />

10. Ou não diz ele estas coias por nossa<br />

causa? Sim, é por nossa causa que<br />

está escrito: aquele que lavra <strong>de</strong>ve<br />

lavrar com esperança; e aquele que<br />

<strong>de</strong>bulha com esperança <strong>de</strong>ve ser<br />

participante <strong>de</strong> sua esperança.<br />

11. Se vos semeamos as coisas espirituais,<br />

será <strong>de</strong>mais que <strong>de</strong> vós<br />

colhamos vossas coisas carnais?<br />

12. Se outros participam <strong>de</strong>ste direito<br />

sobre vós, e não temos nós muito<br />

mais? Não obstante, não usamos <strong>de</strong>ste<br />

direito; antes suportamos todas as<br />

coisas, para não pormos qualquer<br />

obstáculo ao evangelho <strong>de</strong> Cristo.<br />

9. Numquid lex quoque ea<strong>de</strong>m non dicit?<br />

in lege enim Mosis (Deut. xxv.4)<br />

scriptum est: non obligabis os bovi<br />

trituranti: numquid boves curæ<br />

sunt Deo,<br />

10. Vel propter nos omnino dicit? Et<br />

sane propter nos scriptum est: quoniam<br />

<strong>de</strong>bet sub spe, qui arat, arare,<br />

et qui triturat, sub spe participandi.<br />

(Alias: quia <strong>de</strong>beat sub spe qui arat,<br />

arare, et qui triturat sub spe, spei<br />

suæ particeps esse <strong>de</strong>beat.)<br />

11. Si nos vobis spiritualia seminavimus,<br />

magnum, si carnalia vestra<br />

metamus?<br />

12. Si alii hanc in vos sumunt potestatem,<br />

an non magis nos? atqui non<br />

usi sumus facultate hac: sed omnia<br />

sufferimus, ut ne quam ofrensionem<br />

<strong>de</strong>mus Evangelio Christi.<br />

1. Não sou livre? Ele ratifica por vias <strong>de</strong> fato o que dissera imediatamente<br />

antes, ou, seja, que jamais provaria carne em toda sua vida<br />

se isso trouxesse escândalo a um irmão. Ao mesmo tempo <strong>de</strong>ixa bem<br />

claro que não po<strong>de</strong>ria exigir coisa alguma <strong>de</strong>les o que ele mesmo não<br />

tivesse posto em prática. E não há dúvida <strong>de</strong> que a justiça natural requer<br />

que todo aquele que impõe alguma obrigação sobre outrem, <strong>de</strong>ve<br />

antes sujeitar-se a ela. Todavia, o mestre cristão <strong>de</strong>ve, acima <strong>de</strong> todos,<br />

disciplinar-se <strong>de</strong> tal forma que todos sempre vejam seu ensino ratificado<br />

pelo exemplo <strong>de</strong> sua própria vida [prática]. Sabemos <strong>de</strong> nossa<br />

própria experiência que o que Paulo estava pedindo dos coríntios é<br />

algo excessivamente difícil, a saber, que por amor a seus irmãos <strong>de</strong>veriam<br />

restringir o uso da liberda<strong>de</strong> [potestas] que lhes fora concedida.<br />

Ele não teria ido muito longe com isso caso não tivesse, ele mesmo,<br />

sido <strong>de</strong> todos o primeiro a dar o exemplo. E <strong>de</strong>veras ele se empenhava<br />

a agir assim, mas, visto que todos eles não confiaram na força <strong>de</strong> uma

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