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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 7 • 263<br />

25. Quanto às virgens. Paulo agora volta à discussão sobre o<br />

matrimônio, assunto que estivera discutindo na primeira parte do capítulo.<br />

Ora, ele já fizera menção do tema que está para introduzir, mas<br />

<strong>de</strong> forma abreviada e não muito explícita. Portanto, ele propõe apresentar<br />

uma explicação mais nítida do que pensa sobre a virginda<strong>de</strong>.<br />

Mas, visto que este tema se acha cercado <strong>de</strong> malentendido e dificulda<strong>de</strong>s,<br />

ele sempre se expressa em termos cordiais, como veremos. Ele<br />

aqui consi<strong>de</strong>ra o termo virgens no sentido <strong>de</strong> o próprio estado <strong>de</strong> virginda<strong>de</strong>.<br />

Ele diz que “não tem mandamento do Senhor” sobre o assunto,<br />

visto que em parte alguma das Escrituras Deus diz exatamente quem<br />

<strong>de</strong>ve permanecer perenemente solteiro. Mas, em contrapartida, visto<br />

que a Escritura diz que homem e mulher foram criados concomitantemente<br />

[Gn 2.21], parece tratar todos, no tocante ao matrimônio, em<br />

termos <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> e sem qualquer exceção. 46 Pelo menos o celibato<br />

nunca foi estabelecido nem or<strong>de</strong>nado a alguém.<br />

Ele diz que ministra um conselho, não como se houvesse nele alguma<br />

dúvida, com pouca ou nenhuma estabilida<strong>de</strong>, mas como sendo<br />

certo e merecedor <strong>de</strong> ser mantido sem qualquer controvérsia. E a palavra<br />

que usa, γνώμη, não só significa conselho, mas também veredito<br />

<strong>de</strong>cisivo. 47 Além do mais, os papistas <strong>de</strong>duzem erroneamente disto<br />

que é permitido ir além dos limites da Palavra <strong>de</strong> Deus. Pois se alguém<br />

observar mais <strong>de</strong> perto verá que Paulo não introduz nada aqui que<br />

Cristo não tenha incluído em suas palavras, em Mateus 5.32 e 19.5-12.<br />

Paulo, porém, antecipando uma objeção, reconhece que não tem um<br />

preceito expresso na lei, ressaltando quem <strong>de</strong>ve ou quem não <strong>de</strong>ve<br />

casar -se.<br />

Como alguém que obteve a misericórdia do Senhor para ser fiel.<br />

Ele reivindica autorida<strong>de</strong> para seu veredito, no caso <strong>de</strong> alguém concluir<br />

que po<strong>de</strong>ria rejeitá-la se quisesse. Pois ele <strong>de</strong>clara que não está<br />

46 “Appelle indifferemment et sans exception tous hommes et femmes à se marier.” –<br />

“Chama ao consórcio nupcial todos os homens e mulheres indiscriminadamente e sem<br />

exceção.”<br />

47 Esse é o ponto <strong>de</strong> vista que Beza assume do significado do termo aqui – “Sententiam in<br />

hac re meam dico.” – “Eu lhe dou minha <strong>de</strong>cisão autoritativa quanto a esta questão.”

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