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Comentário de 1 Coríntios

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84 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

rim, contudo, suspiramos pelo dia da ressurreição final, ansiando pela<br />

re<strong>de</strong>nção, como é expresso em Romanos 8.23. Mas se alguém pergunta<br />

como Cristo nos é dado para a re<strong>de</strong>nção, respondo: “Porque ele se fez<br />

um resgate.”<br />

Finalmente, <strong>de</strong> todas as bênçãos que são aqui enumeradas, <strong>de</strong>vemos<br />

buscar não a meta<strong>de</strong>, ou meramente uma parte, mas a plenitu<strong>de</strong>.<br />

Porquanto Paulo não diz que ele nos foi dado como forma <strong>de</strong> enchimento,<br />

ou para suprir a justiça, a santida<strong>de</strong>, a sabedoria e a re<strong>de</strong>nção;<br />

senão que ele atribui exclusivamente a Cristo a plena realização da totalida<strong>de</strong>.<br />

Ora, visto que o leitor raramente encontrará outra passagem<br />

na Escritura que forneça uma <strong>de</strong>scrição mais clara <strong>de</strong> todos os ofícios<br />

<strong>de</strong> Cristo, ela po<strong>de</strong> também propiciar-nos a melhor compreensão da<br />

força e natureza da fé. Portanto, visto que Cristo é o próprio objeto<br />

da fé, todos quantos sabem quais são os benefícios que Cristo nos<br />

confere, ao mesmo tempo apren<strong>de</strong>ram a enten<strong>de</strong>r o que a fé significa.<br />

31. Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. Note-se o propósito<br />

<strong>de</strong> Deus em nos dar generosamente tudo em Cristo – para que<br />

não aleguemos qualquer mérito para nós mesmos, mas para que lhe<br />

tributemos todo o louvor. Porque Deus não nos <strong>de</strong>spoja com vistas a<br />

<strong>de</strong>ixar-nos nus, mas <strong>de</strong> antemão nos veste com sua glória, porém com<br />

esta única condição: sempre que <strong>de</strong>sejarmos gloriar-nos, que então<br />

nos <strong>de</strong>sviemos <strong>de</strong> nós mesmos. Em suma, o homem reduzido a nada<br />

em sua própria estima, sabendo que a bonda<strong>de</strong> não provém <strong>de</strong> nenhuma<br />

outra fonte senão só <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>ve ele renunciar todo anseio<br />

por sua própria glória, e com toda sua energia aspirar e almejar exclusivamente<br />

a glória <strong>de</strong> Deus. E isso se faz ainda mais evi<strong>de</strong>nte à luz<br />

do contexto da passagem do profeta <strong>de</strong> quem Paulo emprestou este<br />

texto. Pois ali o Senhor, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>spir a todo gênero humano do<br />

direito <strong>de</strong> gloriar-se em sua força, sabedoria e riquezas, nos or<strong>de</strong>na a<br />

gloriar-nos somente no conhecimento <strong>de</strong>le [Jr 9.23, 24]. Mas ele <strong>de</strong>seja<br />

ser conhecido [cognosci] por nós <strong>de</strong> tal maneira que saibamos [sciamus]<br />

que ele é quem exerce a retidão, a justiça e a misericórdia. Pois<br />

este conhecimento produz em nós imediata confiança nele e temor

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