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Comentário de 1 Coríntios

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494 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

homens, o papa, pretextando simplicida<strong>de</strong>, orienta a todo seu povo a<br />

permanecer na ignorância. 42 Em razão disto, <strong>de</strong>vemos fazer comparação<br />

entre o que está sob a direção do papa e o que Cristo instituiu, e<br />

vejamos até on<strong>de</strong> concordam. 43<br />

22. De sorte que as línguas constituem um sinal. Este versículo<br />

po<strong>de</strong> ser explicado <strong>de</strong> duas maneiras, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo se “<strong>de</strong> sorte que”<br />

for consi<strong>de</strong>rado como uma referência só à oração prece<strong>de</strong>nte, ou, <strong>de</strong><br />

maneira geral, a toda a discussão que antece<strong>de</strong>. Se for uma conexão<br />

particular com a frase anterior, o significado será: “Vós, irmãos, <strong>de</strong>veis<br />

compreen<strong>de</strong>r que aquilo que tanto almejais não é um benefício<br />

que Deus conce<strong>de</strong> aos crentes, e, sim, um castigo pelo qual ele toma<br />

vingança contra os incrédulos.” Quando é entendido <strong>de</strong>sta forma,<br />

o apóstolo não estaria levando em conta o uso permanente das línguas,<br />

mas, sim, estaria se referindo somente à real situação que se<br />

precipitou. Entretanto, se alguém <strong>de</strong>seja esten<strong>de</strong>r-se e incluir toda a<br />

discussão, não questionarei com ele, embora esteja plenamente satisfeito<br />

com a explicação que já apresentei.<br />

Se o tomarmos <strong>de</strong> maneira geral, o significado será: “As línguas,<br />

quanto a serem dadas como sinal, ou, seja, como milagre, são <strong>de</strong>stinadas<br />

aos incrédulos, não aos crentes.” As línguas foram úteis em muitos<br />

aspectos. Aten<strong>de</strong>ram às necessida<strong>de</strong>s da real situação, <strong>de</strong> modo que a<br />

diferença <strong>de</strong> idiomas não impedisse os apóstolos <strong>de</strong> divulgarem o evangelho<br />

por todo o mundo; e não houve, pois, nenhuma nação em que<br />

não o comunicassem. As línguas foram igualmente úteis para mover ou<br />

assustar os incrédulos, confrontando-os com o miraculoso. Pois este<br />

milagre, bem como os <strong>de</strong>mais, almejava preparar aqueles que ainda<br />

eram estranhos a Cristo, para que viessem a obe<strong>de</strong>cê-lo. Os crentes, que<br />

42 “En ignorance et bestise.” – “Em ignorância e estupi<strong>de</strong>z.”<br />

43 Calvino faz uma observação semelhante quando comenta Efésios 4.14: “Nam postquam<br />

Christo nati sumus, <strong>de</strong>bemus adolescere, ita ut non simus intelligentia pueri. Hinc<br />

apparet, qualis sub Papatu sit Chrstianismus, ubi, quam diligentissime possunt, in hoc<br />

laborant pastores, uto prebem to prima infantia <strong>de</strong>tineant.” – “Pois <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Cristo haver<br />

nascido, <strong>de</strong>vemos crescer e não permanecer crianças no entendimento [1Co 14.20].<br />

Daí suce<strong>de</strong>r que sorte <strong>de</strong> cristianismo há em conexão com o papado, no qual os pastores<br />

trabalham tão exaustivamente quanto po<strong>de</strong>m para conservar as pessoas na infância.”

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