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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 14 • 513<br />

Há ainda maior confiança no que ele acrescenta imediatamente:<br />

Aquele que é ignorante, que permaneça ignorante. Isso, na verda<strong>de</strong>,<br />

era lícito a Paulo, o qual estava plenamente convicto quanto à<br />

revelação que recebera <strong>de</strong> Deus, e também teria sido bem conhecida<br />

dos coríntios, <strong>de</strong> modo que teriam olhado para ele <strong>de</strong> nenhum outro<br />

prisma senão através <strong>de</strong> sua prerrogativa <strong>de</strong> apóstolo do Senhor. Não<br />

obstante, não cabe a qualquer um ousar fazer para si tal reivindicação,<br />

ou, se o faz, por sua vanglória se exporá a franco e merecido <strong>de</strong>sprezo,<br />

pois então só haverá base para tal confiança quando o que for afirmado<br />

por sua boca revele ser realida<strong>de</strong>. O que Paulo afirmava nada mais<br />

nada menos era que a plena verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>clarando que suas <strong>de</strong>terminações<br />

eram do próprio Senhor; em contrapartida, muitos estavam<br />

preparados a afirmar a mesma coisa, porém sobre falsos fundamentos.<br />

Seu gran<strong>de</strong> objetivo era este: para que fosse claramente percebido <strong>de</strong><br />

que ele não se permitia estar sob controle, fala como instrumento do<br />

Espírito Santo, não como produto <strong>de</strong> seu próprio cérebro. Portanto, o<br />

homem que outra coisa não é senão um perfeito órgão do Espírito Santo<br />

terá a coragem <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar <strong>de</strong>stemidamente, como Paulo, que os<br />

que rejeitarem sua doutrina não são profetas nem pessoas espirituais; e<br />

isso ele fará em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> um direito que lhe pertence, em concordância<br />

com o que tivemos no início da Epístola: “aquele que é espiritual,<br />

julgue todas as coisas” [1Co 2.15].<br />

Neste ponto, porém, po<strong>de</strong>-se perguntar como po<strong>de</strong>ria Paulo asseverar<br />

que são <strong>de</strong>terminações do Senhor quando não há nenhuma<br />

corroboração <strong>de</strong>las nas Escrituras? Além disso, há também outra dificulda<strong>de</strong><br />

que se apresenta: se elas são mandamentos do Senhor, então<br />

sua observância é imprescindível e cegam a consciência [humana]; e<br />

se porventura são meros ritos vinculados à administração, então não<br />

existe necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua observância. Não obstante, tudo o que o<br />

apóstolo está dizendo é que ele não está impondo nada, senão aquilo<br />

que está em consonância com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. Além do mais, Deus<br />

o dotara com sabedoria para que ele pu<strong>de</strong>sse recomendar aos coríntios<br />

esta or<strong>de</strong>m das coisas externas [ordinem istum in rebus externis] e

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