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Comentário de 1 Coríntios

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356 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

Deus, porém, é fiel. Assim como lhes disse que tivessem bom<br />

ânimo com relação ao passado, com o fim <strong>de</strong> movê-los ao arrependimento,<br />

também os encoraja com uma esperança <strong>de</strong>finida para o<br />

futuro, pois Deus não permitirá que fossem tentados além <strong>de</strong> suas forças.<br />

Contudo os adverte a que atentassem bem para o Senhor, porque,<br />

se pusermos nosso coração em nossos próprios recursos, a tentação,<br />

não importa quão suave seja, levará a melhor sobre nós e nos subjugará.<br />

Ele <strong>de</strong>nomina o Senhor <strong>de</strong> fiel. Sua intenção vai além da idéia <strong>de</strong><br />

Deus ser verda<strong>de</strong>iro em suas promessas. Ele po<strong>de</strong>ria ter posto nestes<br />

termos: “O Senhor é o Protetor comprovado <strong>de</strong> seu povo, e em sua<br />

proteção estais seguros, porque jamais <strong>de</strong>ixa os seus entregues a sua<br />

própria sorte. Por isso, tendo-vos uma vez tomado sob sua fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong><br />

pessoal [in suam fi<strong>de</strong>m], não ten<strong>de</strong>s necessida<strong>de</strong> alguma <strong>de</strong><br />

temer, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>pendais inteiramente <strong>de</strong>le. Pois indubitavelmente<br />

estaria proce<strong>de</strong>ndo falsamente em relação a vós caso viesse a revogar<br />

seu apoio no momento em que necessitássemos <strong>de</strong>le; ou, ao nos ver<br />

lutando em meio às fraquezas, arqueados sob pesado fardo, permitisse<br />

se prolongassem nossas lutas [tentações] por tempo in<strong>de</strong>finido.” 49<br />

Ora, Deus nos ajuda <strong>de</strong> duas formas, para que não sejamos vencidos<br />

em meio à tentação: ele nos supre com força e põe limites à tentação.<br />

É da segunda <strong>de</strong>ssas formas que o apóstolo aqui principalmente fala.<br />

Ao mesmo tempo, ele não exclui a primeira, a saber: que Deus alivia as<br />

tentações para que não sucumbamos sob seu peso. Pois ele conhece a<br />

medida <strong>de</strong> nosso po<strong>de</strong>r, o qual ele mesmo conferiu. De acordo com esse<br />

fato, ele regula nossas tentações. O termo tentação aqui tomo como que<br />

<strong>de</strong>notando, <strong>de</strong> uma forma geral, tudo o que nos seduz.<br />

14. Por esse motivo, meus amados, fugi da idolatria. O apóstolo<br />

agora se volve para a pergunta particular, sobre a qual ele já fizera li-<br />

49 Mr. Fuller <strong>de</strong> Kettering, ao comparar 1 Coríntios 10.13 com 2 Coríntios 1.8, com razão<br />

observa: “A capacida<strong>de</strong> na primeira <strong>de</strong>ssas passagens, e a força na última, longe estão <strong>de</strong><br />

ser as mesmas. Uma é a expressão daquele apoio divino que o Senhor prometeu dar a<br />

seus servos em todas as provações; a outra é a expressão das faculda<strong>de</strong>s que possuímos<br />

naturalmente como criaturas. Po<strong>de</strong>mos ser tentados além <strong>de</strong>stas, como todos os mártires<br />

o foram, e contudo não além daquela. O homem externo po<strong>de</strong> perecer; enquanto que<br />

o homem interior é renovado dia a dia.” Obras <strong>de</strong> Fuller, vol. iii, p. 609.

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