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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 2 • 93<br />

dizer que os coríntios tinham sido beneficiados por haver ele pregado<br />

Cristo entre eles sem apoiar na sabedoria humana, mas unicamente no<br />

po<strong>de</strong>r do Espírito, para que a <strong>de</strong>les não se fundamentasse no ser humano,<br />

e, sim, somente em Deus. Se a pregação do apóstolo tivesse como apoio<br />

somente o vigor da eloqüência, ele po<strong>de</strong>ria ter sido dilapidado por uma<br />

oratória superior. Além disso, ninguém terá por genuína a verda<strong>de</strong> que se<br />

apóia na excelência da oratória. Naturalmente que a oratória po<strong>de</strong> servir<br />

<strong>de</strong> auxílio para corroborar a verda<strong>de</strong>, mas esta não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r daquela.<br />

Em contrapartida, a verda<strong>de</strong> teria sido muito mais po<strong>de</strong>rosa se se<br />

firmasse em si sem qualquer auxílio estranho. Por essa razão, a verda<strong>de</strong><br />

é a mais notável recomendação da pregação <strong>de</strong> Paulo, e o po<strong>de</strong>r celestial<br />

brilhou nela com tal intensida<strong>de</strong>, que logrou remover tantos obstáculos,<br />

sem qualquer assistência do mundo. Segue-se, pois, que os coríntios não<br />

<strong>de</strong>viam permitir-se abandonar o ensino <strong>de</strong> Paulo, quando sabiam muito<br />

bem que ele contava com o apoio da autorida<strong>de</strong> divina. Além disso,<br />

Paulo aqui está falando da fé dos coríntios, <strong>de</strong> uma maneira tal que esta<br />

frase granjeou aplicação universal. Portanto, saibamos que a característica<br />

da fé consiste em repousar ela somente em Deus, e a não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> homem algum. Pois sua segurança <strong>de</strong>ve ser tão sólida a ponto <strong>de</strong> não<br />

<strong>de</strong>smoronar ainda que fosse assaltada por todos os inventos do inferno,<br />

mas que resiste confiadamente a todos os ataques. Isso não po<strong>de</strong> ser feito<br />

a menos que sejamos firmemente convictos <strong>de</strong> que Deus nos tem falado,<br />

e que aquilo em que cremos não é <strong>de</strong> invenção humana. Mas ainda que a<br />

fé <strong>de</strong>va estar a<strong>de</strong>quadamente fundamentada só na Palavra <strong>de</strong> Deus, não<br />

há nenhuma inconveniência em adicionar este segundo apoio, a saber:<br />

que os crentes saibam, pelos efeitos <strong>de</strong> sua influência, que a Palavra [<strong>de</strong><br />

Deus] que eles têm ouvido tem sua origem em Deus.<br />

6. Seja como for, falamos sabedoria<br />

entre os que são perfeitos; não, porém,<br />

a sabedoria <strong>de</strong>ste mundo, nem<br />

a dos príncipes <strong>de</strong>ste mundo, que<br />

se reduzem a nada;<br />

6. Porro sapientiam loquimur inter<br />

perfectos: sapientiam qui<strong>de</strong>m non<br />

sæculi hujus, neque principum sæculi<br />

hujus, qui abolentur.

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