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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 7 • 281<br />

que esse é um sacramento. Portanto, lembremo-nos <strong>de</strong> que, com respeito<br />

à liberação <strong>de</strong> suas filhas à vida conjugal, a autorida<strong>de</strong> dos pais<br />

é mais importante, contanto que não abusem <strong>de</strong>la <strong>de</strong> forma tirânica;<br />

pois, para prevenir tal possibilida<strong>de</strong>, a lei civil também lhe impõe restrições.<br />

77 O apóstolo, ao requerer a isenção da necessida<strong>de</strong>, 78 também<br />

notificou que as <strong>de</strong>liberações dos pais <strong>de</strong>vem ser reguladas com vistas<br />

ao que é melhor para os filhos. Portanto, tenhamos em mente que este<br />

perfeito equilíbrio entre as partes é um guia justo, ou, seja: que os<br />

filhos se <strong>de</strong>ixem governar por seus pais; e que os pais, em contrapartida,<br />

não forcem seus filhos a agirem contra sua vonta<strong>de</strong>, senão que<br />

usem sua autorida<strong>de</strong> unicamente no sentido <strong>de</strong> promover o bem-estar<br />

<strong>de</strong> seus filhos.<br />

38. De sorte que, aquele que dá sua filha em casamento faz bem.<br />

Aqui temos a conclusão <strong>de</strong> ambas as partes da <strong>de</strong>claração, na qual<br />

ele expressa, em poucas palavras, que os pais estão livres <strong>de</strong> qualquer<br />

constrangimento caso liberem suas filhas à vida conjugal; todavia<br />

lhes assevera que fariam melhor se as conservassem em casa, solteiras.<br />

Entretanto, aqui ele uma vez mais não consi<strong>de</strong>ra o celibato como<br />

sendo preferível ao matrimônio. Isso só é possível na única exceção<br />

a nós imposta um pouco antes. Pois quando a jovem não é capaz <strong>de</strong><br />

abster-se do matrimônio, o pai que tenta subtraí-la 79 <strong>de</strong>le está agindo<br />

irrefletidamente. Na verda<strong>de</strong>, tal nem mesmo é pai, mas um cruel tirano.<br />

A discussão toda equivale a isto: (1) O celibato é preferível ao<br />

matrimônio, visto que ele nos mantém livres e, em conseqüência, nos<br />

propicia melhor oportunida<strong>de</strong> para o serviço <strong>de</strong> Deus. (2) Todavia,<br />

não se <strong>de</strong>ve usar qualquer atitu<strong>de</strong> compulsiva com o fim <strong>de</strong> impedir os<br />

indivíduos <strong>de</strong> contrairem o matrimônio, caso queiram fazê-lo. (3) Além<br />

77 “Comme aussi à ceste fin les loix ciuiles restraignent l’authorite d’iceux.” – “Como também<br />

para este fim as leis civis restringem sua autorida<strong>de</strong>.”<br />

78 “En requirant yci que les enfans sentent en eux ceste liberte et exemption <strong>de</strong> la necessite<br />

du mariage.” – “Ao requerer aqui que os filhos sintam em si esta liberda<strong>de</strong> e isenção da<br />

necessida<strong>de</strong> do casamento.”<br />

79 “Car quand la puissance <strong>de</strong>faudra à la fille <strong>de</strong> s’abstenir <strong>de</strong> mariage.” – “Pois quando a<br />

filha não tem po<strong>de</strong>r para abster-se do matrimônio.”

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