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Comentário de 1 Coríntios

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394 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

te porque os que não observam o uso natural das coisas <strong>de</strong> repente<br />

passam às invenções perniciosas. 35<br />

18. Quando vos reunis na igreja, o que tenho ouvido é que há<br />

divisões. Há quem conclua que divisões e heresias se referem àquela<br />

<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m (ἀταξίαν) sobre a qual ele discorrerá logo a seguir. Entendo<br />

que elas abrangem mais do que isto. Aliás, é improvável que ele tivesse<br />

usado termos como estes, não ajustáveis nem a<strong>de</strong>quáveis, para<br />

<strong>de</strong>screver tal abuso. 36 Alguns <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a opinião <strong>de</strong> que Paulo usou<br />

linguagem mais severa com o intuito <strong>de</strong> realçar a gravida<strong>de</strong> do pecado<br />

<strong>de</strong>les e expô-lo <strong>de</strong> forma ainda mais clara. Estaria disposto a concordar,<br />

se o significado das palavras se a<strong>de</strong>quasse a tal idéia. Portanto,<br />

sua reprovação aqui, em termos gerais, visa a mostrar que não estavam,<br />

como cristãos, vivendo em harmonia, e, sim, que todos estavam<br />

por <strong>de</strong>mais envolvidos em seus próprios negócios para envidar algum<br />

esforço em benefício da vida <strong>de</strong> outrem. Esta a raiz <strong>de</strong>sse abuso particular,<br />

o que percebemos quase <strong>de</strong> imediato; esta era a origem <strong>de</strong> sua<br />

vaida<strong>de</strong> e arrogância, <strong>de</strong> modo que cada um se colocava num pe<strong>de</strong>stal<br />

elevado e olhava <strong>de</strong> cima para os <strong>de</strong>mais; esta era a origem <strong>de</strong> sua<br />

negligência na edificação [da Igreja] e em sua profanação dos dons<br />

divinos.<br />

Ele diz que em parte o crê, para que nem todos concluíssem que<br />

ele consi<strong>de</strong>rava a ofensa como sendo em tal grau <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> que<br />

culpava a cada um <strong>de</strong>les, sem distinção, sem dar-lhes a chance <strong>de</strong><br />

reclamarem que estavam sendo acusados por algo <strong>de</strong> que eram inocentes.<br />

Entretanto, ao mesmo tempo ele alega que isso chegara a seus<br />

ouvidos, não através <strong>de</strong> um mero ou vago rumor, mas através <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>poimento mui <strong>de</strong>finido, cuja fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>scartar-se<br />

completamente.<br />

35 “Principalement pource que ceux qui ne regar<strong>de</strong>ut à tenir le droit et naturel usage <strong>de</strong>s<br />

choses, sont suites à tomber incontinent en beaucoup d’inuentions peruerses et dangereuses.”<br />

– “Principalmente porque os que não cuidam em observar o uso correto e<br />

natural das coisas, são passíveis <strong>de</strong> cair <strong>de</strong> ponta cabeça em muitas invenções perversas<br />

e danosas.”<br />

36 “Qu’il leur remonstrera qu’ils fout en la Cene.” – “Que ele mostrará que têm fracassado no<br />

que concerne à Ceia.”

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