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Comentário de 1 Coríntios

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318 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

ministros o apóstolo manda que sustentem? Devem sustentar os que<br />

se <strong>de</strong>votam à pregação do evangelho. Que direito têm os sacerdotes<br />

papistas <strong>de</strong> reivindicar para si a remuneração dos sacerdotes? 11 Sua<br />

resposta é que entoam [os cânticos] e oferecem sacrifícios. 12 Todavia,<br />

Deus não requereu <strong>de</strong>les nenhuma <strong>de</strong>ssas coisas; portanto, faz-se evi<strong>de</strong>nte<br />

que se apropriam dos proventos que pertencem a outrem.<br />

Finalmente, quando Paulo diz que os sacerdotes levitas eram<br />

“participantes do altar”, e “comiam das coisas do templo”, ele tem<br />

em mente, pelo uso <strong>de</strong> metonímia, as oferendas que eram apresentadas<br />

a Deus. Pois requeriam todos para si os sacrifícios <strong>de</strong> animais<br />

consagrados; e no caso dos sacrifícios menos importantes, o pernil<br />

dianteiro direito, os rins e a cauda, bem como os dízimos, as ofertas e<br />

as primícias dos frutos. Portanto, a palavra ἱερόν, no segundo caso, 13 é<br />

consi<strong>de</strong>rada como que significando o templo.<br />

15. E não escrevi estas coisas. Uma vez que po<strong>de</strong>ria ficar a impressão<br />

<strong>de</strong> estar solícito a que os coríntios o remunerasse no futuro,<br />

ele remove essa possível suposição e assevera que, longe <strong>de</strong> preten<strong>de</strong>r<br />

alguma coisa, preferiria morrer do que per<strong>de</strong>r essa glória, ou, seja,<br />

que ele prestara seus serviços aos coríntios gratuitamente. E não há<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perplexida<strong>de</strong> ante o fato <strong>de</strong> ele pôr tal valor neste motivo<br />

<strong>de</strong> gloriar-se, porquanto estava consciente <strong>de</strong> que a autorida<strong>de</strong><br />

do evangelho, em certa medida, <strong>de</strong>pendia <strong>de</strong>le. Porque, nesse caso,<br />

teria dado aos falsos apóstolos uma chance <strong>de</strong> se vangloriarem contra<br />

ele. Daí, havia o risco <strong>de</strong>, para que os coríntios não o tratassem<br />

com <strong>de</strong>sdém, o recebessem com ruidosos aplausos. Por essa causa,<br />

ele preferiu aproveitar a chance para divulgar o evangelho, e não sua<br />

própria vida.<br />

11 “De quel droict s’usurpent ces ventres paresseux le reuenu <strong>de</strong>s benefices, qu’ils appelent?”<br />

– “Por qual direito esses ventres preguiçosos reivindicam para si o provento dos<br />

benefícios, como o chamam?”<br />

12 “Pource qu’ils gringotent <strong>de</strong>s messes et anniuersaires.” – “Porque cantarolam uma música<br />

nas missas e nos aniversários.”<br />

13 No original, as palavras τα ἱερὰ e του̑ ἱερου̑ ocorrem na mesma sentença, e a intenção <strong>de</strong><br />

nosso autor é que, no segundo caso, o substantivo ἱερον <strong>de</strong>nota o templo.

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