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Comentário de 1 Coríntios

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514 • Comentário <strong>de</strong> 1 Coríntios<br />

em outros lugares – não para que fosse uma lei inviolável, como as que<br />

se relacionam com o culto espiritual <strong>de</strong> Deus, mas para que fossem<br />

um diretório útil a todos os filhos <strong>de</strong> Deus, e que não fossem <strong>de</strong> forma<br />

alguma menosprezadas.<br />

38. Mas se alguém for ignorante. A Vulgata traduz: “Aquele<br />

que não sabe essas coisas, esse mesmo será <strong>de</strong>sconhecido”; 83 o que<br />

constitui um equívoco. Pois a intenção <strong>de</strong> Paulo não era dar alguma<br />

oportunida<strong>de</strong> aos amantes <strong>de</strong> controvérsia, que nunca se sentem<br />

exaustos em meio às disputas, e sempre com o pretexto <strong>de</strong> saber<br />

mais, como se algo ainda não estivesse claro para eles; ou no mínimo<br />

ele está realçando, em termos gerais, que não tinha tempo a per<strong>de</strong>r<br />

com aqueles que punham em dúvida o que ele ensinava. É como se<br />

quisesse dizer: “Se alguém é ignorante, eu não tenho tempo a per<strong>de</strong>r<br />

com suas dúvidas; pois a infalibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha doutrina <strong>de</strong> forma<br />

alguma é prejudicada com isso. Então que ele se vá, não importa quem<br />

seja. Quanto a vós outros, não <strong>de</strong>ixeis <strong>de</strong> forma alguma seja abalada<br />

vossa confiança <strong>de</strong> que Cristo está falando por meu intermédio.” Em<br />

suma, ele quer dizer que os céticos, os amantes <strong>de</strong> controvérsias e<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes [os meticulosos] em seus questionamentos, 84 não <strong>de</strong>vem<br />

reduzir, sequer um mínimo grau, a autorida<strong>de</strong> da sã doutrina e <strong>de</strong>sta<br />

verda<strong>de</strong> sobre a qual os crentes não po<strong>de</strong>m nutrir dúvida alguma. Ao<br />

mesmo tempo, ele nos adverte a não permitirmos que a incerteza dos<br />

coríntios seja algum obstáculo em nosso caminho. Entretanto, essa<br />

gran<strong>de</strong>za da mente que <strong>de</strong>spreza todos os juízos humanos <strong>de</strong>ve estar<br />

fundamentada na verda<strong>de</strong> averiguada. Daí, como seria a parte <strong>de</strong> perversa<br />

temerida<strong>de</strong>, quer por manter pertinazmente, em oposição aos<br />

pontos <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>mais, opinião que uma vez assumida, ou<br />

83 Beausobre, quando chama a atenção para esta redação, diz: “La Vulgate porte, il sera<br />

ignoré, Dieu le méconnóitra; ce qui veut dire, le punira. Ce sens est fort bom.” – “A Vulgata<br />

traduz assim: ele será <strong>de</strong>sconhecido – Deus o repudiará – significando: Ele o punirá. Este é<br />

um bom sinificado.” Em um manuscrito grego, a redação é: ἀγνοεται – é <strong>de</strong>sconhecido.<br />

84 “Les sophistes qui ne font iamais que disputer, sans rien resoudre ou accor<strong>de</strong>r, ne les contentieux,<br />

et subtils iaseurs.” – “Sofistas que nunca fazem outra coisa senão disputar, sem<br />

chegar a nenhuma solução ou acordo, nem pessoas contenciosas e palradores sutis.”

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