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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 11 • 393<br />

também com outros pecados, os quais Paulo mencionará. Portanto,<br />

consi<strong>de</strong>remos isto como uma afirmação geral, ao dizer que os coríntios<br />

são repreendidos em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> se reunirem, não para melhor,<br />

e, sim, para pior. Os resultados específicos <strong>de</strong>ste mal serão tratados<br />

mais adiante.<br />

A primeira queixa <strong>de</strong> Paulo contra eles é que se reuniam, não<br />

para melhor; sua segunda queixa é que assim faziam para pior. Por<br />

certo que a segunda é <strong>de</strong> caráter mais grave. Mas a primeira não<br />

<strong>de</strong>ve, tampouco, ser minimizada; porque, se prestarmos atenção<br />

no que suce<strong>de</strong> na Igreja, nem uma única reunião do povo <strong>de</strong>ve ser<br />

consi<strong>de</strong>rada sem algum fruto. Pois ali ouvimos a instrução divina,<br />

oferecemos orações e os Sacramentos são administrados. A Palavra<br />

produz fruto quando confiamos em Deus e seu temor age e cresce<br />

em nosso interior; quando fazemos progresso na vida <strong>de</strong> santida<strong>de</strong>;<br />

quando, paulatinamente, nos <strong>de</strong>spimos do velho homem [Cl 3.9];<br />

quando avançamos em novida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida [Rm 6.4]. O propósito dos<br />

Sacramentos é que nos entreguemos à prática da <strong>de</strong>voção e do amor.<br />

As orações, também, <strong>de</strong>vem ser eficazes em promover todos esses<br />

propósitos. Além <strong>de</strong> tudo isso, o Senhor opera eficazmente através<br />

<strong>de</strong> seu Espírito, visto que não quer que as coisas que nos foram<br />

<strong>de</strong>stinadas sejam infrutíferas. Portanto, se não extrairmos algum benefício<br />

das reuniões <strong>de</strong> culto, e não nos tornarmos pessoas melhores<br />

em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>las, nossa ingratidão é que merece vexame, e por<br />

isso merecemos ser reprovados. Pois nós mesmos somos a causa<br />

daquilo que, por sua própria natureza e pelo <strong>de</strong>sígnio divino, <strong>de</strong>ve<br />

trazer-nos benefícios ou privar-nos <strong>de</strong>les.<br />

Então segue o segundo erro, a saber: os que se reúnem para pior.<br />

Este é um problema muito mais sério, todavia é quase sempre resultante<br />

do primeiro. Pois se não extraímos nenhum proveito das coisas<br />

<strong>de</strong> que Deus nos proveu, a forma que ele usa para punir nossa indolência<br />

é permitindo que nos tornemos piores. E esta é, geralmente, a<br />

razão por que a negligência provoca tanta corrupção; e geralmente<br />

suce<strong>de</strong> que a negligência dá origem a muitas corrupções, especialmen-

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