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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 3 • 129<br />

10. Como sábio arquiteto. Esta é uma metáfora muitíssimo apropriada,<br />

e por isso ocorre com freqüência nas Escrituras, como veremos<br />

mais adiante. Entretanto, aqui o apóstolo <strong>de</strong>clara sua própria fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

pessoal com muita confiança e segurança. Tal afirmação tinha<br />

<strong>de</strong> ser feita, não só por causa das calúnias dos ímpios, mas também<br />

em razão do orgulho dos coríntios, que já tinham começado a tratar<br />

sua doutrina com <strong>de</strong>sdém. Por isso, quanto mais o empurravam para<br />

baixo, mais alto ele subia; e falando como se estivesse num púlpito<br />

altaneiro, então proclama 26 que fora posto entre eles como o primeiro<br />

mestre <strong>de</strong> obra <strong>de</strong> Deus; e, ao lançar os fundamentos, ele cumpria este<br />

papel com sabedoria, e <strong>de</strong>ixa para outros a continuação nos mesmos<br />

mol<strong>de</strong>s e a completação da superestrutura, consi<strong>de</strong>rando como padrão<br />

a obra lançada sobre os fundamentos. Observemos que Paulo<br />

diz essas coisas, primeiramente tendo em vista o enaltecimento <strong>de</strong><br />

sua doutrina, a qual ele via sendo menosprezada pelos coríntios; e,<br />

em segundo lugar, com o propósito <strong>de</strong> refrear a insolência <strong>de</strong> outros<br />

que, saindo em busca <strong>de</strong> distinção, afetavam um novo método <strong>de</strong> ensino.<br />

Portanto, ele os admoesta a nada intentarem temerariamente no<br />

edifício <strong>de</strong> Deus. Ele os proíbe <strong>de</strong> fazerem duas coisas: que não se<br />

aventurem a pôr outro fundamento; e que não ergam uma superestrutura<br />

que esteja fora <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com o fundamento.<br />

Segundo a graça. Ele sempre se porta com muita diligência no<br />

sentido <strong>de</strong> não usurpar para si a menor parcela daquela glória que<br />

pertence a Deus. Pois ele restitui tudo a Deus, e não <strong>de</strong>ixa para si nada<br />

senão o fato <strong>de</strong> ser ele um mero instrumento. Mas enquanto humil<strong>de</strong>mente<br />

se submete assim a Deus, indiretamente reprova a arrogância<br />

daqueles que não se preocupavam se estavam ou não obscurecendo a<br />

graça <strong>de</strong> Deus, 27 contanto que eles mesmos gozassem <strong>de</strong> bom conceito.<br />

E ainda insinua que nessa fútil ostentação, pela qual vieram a ser<br />

26 “Il leur fait assavoir, et <strong>de</strong>clare fort et ferme.” – “Ele lhes dá a conhecer e <strong>de</strong>clara forte e<br />

firmemente.”<br />

27 “Ne faisoyent point <strong>de</strong> conscience d’amoindrir ou offusquer la grace <strong>de</strong> Dieu.” – “Sem<br />

qualquer escrúpulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciar e obscurecer a graça <strong>de</strong> Deus.”

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