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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 10 • 349<br />

que primeiro apareceu a Moisés, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então esteve sempre presente<br />

com o povo em sua peregrinação, é amiú<strong>de</strong> chamado Jehovah 34<br />

[hwhy]. Devemos concluir, pois, que aquele Anjo era o Filho <strong>de</strong> Deus, e<br />

que mesmo naquele tempo ele já era o Guia da Igreja, da qual era o<br />

Cabeça. Visto que a <strong>de</strong>signação Cristo traz um sentido que se a<strong>de</strong>qua<br />

a sua natureza humana, não podia ainda aplicar-se ao Filho <strong>de</strong> Deus<br />

naquele tempo; porém lhe é atribuída aqui através da comunicação<br />

<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s, assim como lemos em outro lugar que “o Filho do<br />

Homem veio do céu” [Jo 3.13].<br />

10. Nem murmureis. Há quem pense que isto se refere à murmuração<br />

suscitada por ocasião em que os doze enviados para espiarem<br />

a terra voltaram e sublevaram o ânimo do povo. Visto, porém, que<br />

aquela murmuração não foi castigada imediatamente por algum flagelo<br />

particular infligido pelo Senhor, sendo que o único castigo infligido<br />

foi sua exclusão da possessão da terra, este versículo precisa ser explicado<br />

<strong>de</strong> outra forma. Certamente que negar a entrada do povo na<br />

terra 35 constituía um severo castigo; mas, ao dizer que foram mortos<br />

pelo exterminador, Paulo tem em mente algum outro tipo <strong>de</strong> retribuição,<br />

obviamente <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte.<br />

Refiro-me, pois, à história que temos em Números 16. Quando<br />

Deus castigou o orgulho <strong>de</strong> Coré e Abirão, o povo moveu um gran<strong>de</strong><br />

tumulto contra Moisés e Arão, como se fossem eles os responsáveis<br />

pela praga que grassou a mando do Senhor. Este castigou a sublevação<br />

do povo com fogo do céu, o qual <strong>de</strong>vorou mais <strong>de</strong> quatorze mil<br />

pessoas. Assim, este fato fornece uma clara e memorável evidência<br />

da ira divina operando contra os rebel<strong>de</strong>s e perturbadores que fazem<br />

ecoar suas vozes contra ele.<br />

É verda<strong>de</strong> que tais pessoas se queixavam <strong>de</strong> Moisés; visto, porém,<br />

que não tinham base alguma para insultá-lo, e que a única razão<br />

que tinham para ar<strong>de</strong>r-se em ira contra ele era o fato <strong>de</strong> fielmente le-<br />

34 “C’est à dire, l’Eternel.” – “Equivale dizer, o Eterno.”<br />

35 “De n’entrer point en la iouissance <strong>de</strong> la terre promise.” – “Não entrar no <strong>de</strong>sfruto da terra<br />

prometida.”

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