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Comentário de 1 Coríntios

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Capítulo 4 • 157<br />

6. Aplico em figura transferida a mim e a Apolo. Daqui inferimos<br />

que os fundadores dos partidos não se contavam entre os que eram<br />

<strong>de</strong>votados a Paulo, porque é plenamente certo que eles não tinham<br />

recebido nenhuma instrução para proce<strong>de</strong>rem assim; em vez disso,<br />

eram os que, movidos por ambição, se puseram nas mãos dos mestres<br />

ostentosos. 20 Visto, porém, que ele podia mais livremente, e com<br />

menos indignação, fazer referência particular a sua própria pessoa e a<br />

<strong>de</strong> seus irmãos, ele preferiu apresentar uma ilustração <strong>de</strong> sua própria<br />

pessoa ao erro que estava em outros. Ao mesmo tempo, o que teria<br />

sido um aborrecimento para eles, Paulo <strong>de</strong>tecta culpa nos fundadores<br />

dos partidos e aponta com seu <strong>de</strong>do as fontes das quais esta fatal<br />

separação teve sua origem. Pois ele sugere que, se permanecessem<br />

contentes com os bons mestres, este mal não lhes teria acontecido. 21<br />

Para que, em nós. Outros manuscritos trazem “para que, em vós”.<br />

Ambas as redações são plenamente possíveis, e não envolve nenhuma<br />

diferença <strong>de</strong> significado. Porquanto Paulo preten<strong>de</strong> dizer: “Para servir<br />

<strong>de</strong> exemplo, eu transferi essas coisas para mim e para Apolo, a fim <strong>de</strong><br />

que possais aplicar a vós mesmos este mo<strong>de</strong>lo. Portanto, apren<strong>de</strong>i,<br />

pois, em nós, isto é, no exemplo <strong>de</strong> nossas vidas, o que tenho posto<br />

diante <strong>de</strong> vós como um espelho.” Ou: “Apren<strong>de</strong>i em nós, isto é, aplicai<br />

este exemplo a vós mesmos.”<br />

Não obstante, o que ele quer que apren<strong>de</strong>ssem? Que ninguém se<br />

ensoberbeça contra outrem por seu próprio mestre, isto é, que não<br />

se encham <strong>de</strong> orgulho por causa <strong>de</strong> seus mestres, e não façam uso <strong>de</strong><br />

seus nomes para manter as facções vivas nem para dividir a Igreja por<br />

meio <strong>de</strong> controvérsias. Deve-se observar que o orgulho ou arrogância<br />

é a causa e ponto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> todas as controvérsias, quando cada<br />

um, reivindicando para si mais do que permite seu direito, procura<br />

com avi<strong>de</strong>z assenhorear-se dos <strong>de</strong>mais.<br />

20 “A ces docteurs pleins d’ostentation.” – “Àqueles mestres saturados <strong>de</strong> ostentação.”<br />

21 “S’ils se contentent <strong>de</strong> bons et fi<strong>de</strong>les docteurs, ils seront hors <strong>de</strong> danger d’vn tel mal.” –<br />

“Se tivessem se contentado com os bons e fiéis mestres, se teriam postos além do risco<br />

<strong>de</strong>sse gênero <strong>de</strong> mal.”

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