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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do português no discurso indirecto<br />

anteriormente. No entanto, em termos semânticos, o verbo <strong>de</strong> relação <strong>de</strong> ilocução dissipa<br />

uma leitura <strong>de</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>de</strong> incerteza associa<strong>da</strong> ao FPC. Sendo possível comutá-lo<br />

pelo PMPC, parece-nos que a oposição entre os dois não terá gran<strong>de</strong>s implicações mo<strong>da</strong>is,<br />

na medi<strong>da</strong> em que uma eventual noção <strong>de</strong> incerteza ou possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do FPC é esbati<strong>da</strong><br />

pelo verbo introdutório. Em nosso enten<strong>de</strong>r, a presença <strong>de</strong> PRInd na oração introdutória e a<br />

interpretação semântico-temporal <strong>da</strong> forma verbal, indicam a manutenção <strong>de</strong> FPC nos dois<br />

universos discursivos em contraponto.<br />

2.4. As Formas Nominais<br />

2.4.1. O INF no DI<br />

2.4.1.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

As formas nominais, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente o INF, o GER e o PAR são, por si só,<br />

<strong>de</strong>sprovi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> valor temporal e mo<strong>da</strong>l, <strong>da</strong>í que <strong>de</strong>pen<strong>da</strong>m amplamente <strong>da</strong> sua integração<br />

contextual. Cintra & Cunha (1997) consi<strong>de</strong>ram que o INF se distingue do GER e do PAR,<br />

na medi<strong>da</strong> em que estes dois últimos, apresentam o <strong>de</strong>curso e o resultado do processo<br />

verbal, respectivamente, enquanto que o INF remete para o processo verbal propriamente<br />

dito, ou seja, “exprime uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> acção, aproximando-se do substantivo” (Cunha &<br />

Cintra 1997: 480). O INF apresenta uma forma simples e outra composta (verbo auxiliar<br />

“ter” + particípio do verbo principal), que internamente revelam uma oposição aspectual<br />

concluído/não concluído, para além <strong>de</strong> ser necessário consi<strong>de</strong>rarmos a existência <strong>de</strong> duas<br />

formas distintas, nomea<strong>da</strong>mente uma flexiona<strong>da</strong> e outra não flexiona<strong>da</strong>, que <strong>de</strong>signamos<br />

<strong>de</strong> InfI e InfP, sendo que o primeiro não possui sujeito, enquanto que o segundo tem sujeito<br />

próprio.<br />

Os mesmos autores supramencionados reconhecem serem ambíguos os critérios <strong>de</strong><br />

utilização <strong>de</strong> uma ou <strong>de</strong> outra forma do INF e invocam razões estilísticas como o princípio<br />

orientador que rege a utilização <strong>de</strong> uma ou outra forma, optando por consi<strong>de</strong>rar a<br />

existência <strong>de</strong> tendências e não <strong>de</strong> regras que estipulam o seu emprego (Cunha & Cintra<br />

1997: 482). Verificamos, no entanto, que o inventário <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> ambas as formas<br />

assenta em condicionantes do foro sintáctico e/ou gramatical. Said Ali, na Gramática<br />

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