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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

nos, igualmente, <strong>de</strong>monstrar que o PImp pela sua heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> semântico-temporal,<br />

permite exprimir mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, num sentido hipotético.<br />

82<br />

Tal como <strong>de</strong>monstrámos ao longo <strong>da</strong> nossa observação do comportamento <strong>de</strong> PImp<br />

na oração subordina<strong>da</strong>, verifica-se a transposição discursiva <strong>de</strong> PRInd (do enunciado<br />

original) para PImp. Efectivamente, o PImp, ao contrário <strong>de</strong> PPS, evi<strong>de</strong>ncia uma<br />

in<strong>de</strong>terminação dos limites temporais dos intervalos consi<strong>de</strong>rados, assumindo uma<br />

perspectiva retrospectiva. Nesse sentido, ele é a forma verbal que po<strong>de</strong>ria traduzir, para<br />

contexto <strong>de</strong> DI, a extensão temporal que o PRInd <strong>de</strong> sentido prospectivo (não balizado) e<br />

actual, para além <strong>de</strong> que em termos aspectuais, po<strong>de</strong> transformar eventos télicos em<br />

predicados atélicos (“podia repor”) e é particularmente usado com estados atélicos<br />

(“estavam proibidos <strong>de</strong> se manifestar”) sendo, no entanto, necessário algum<br />

enquadramento temporal <strong>de</strong> referência. Relativamente ao emprego <strong>de</strong> PImp na oração<br />

subordinante, verificamos, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> localização temporal contextualmente<br />

forneci<strong>da</strong>, em que a relação é mais ou menos explícita face a ME. Nos dois primeiros<br />

exemplos, a utilização <strong>de</strong> INF <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> uma utilização estilística, estando em substituição<br />

<strong>da</strong> forma <strong>de</strong> PImp, enquanto que no enunciado 132, a sequência temporal, bem como a<br />

or<strong>de</strong>m sintáctica, prevêem, por questões temporais, mo<strong>da</strong>is e <strong>de</strong> gramaticali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a<br />

utilização do IConj.<br />

2.3.5. O PMPC no DI<br />

2.3.5.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

Tendo em conta os critérios estabelecidos para análise do corpus, nomea<strong>da</strong>mente ao<br />

nível <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> quantitativa <strong>da</strong>s formas verbais, o PMPC é o primeiro tempo<br />

composto sobre o qual nos iremos <strong>de</strong>bruçar, sendo que, na totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ocorrências,<br />

<strong>de</strong>ntro dos tempos do IND, a sua utilização é pouco significativa em termos numéricos. O<br />

PMPC é formado a partir do PImp do verbo “ter” ou “haver” + Particípio (PAR) do verbo<br />

principal. Tal como o corpus <strong>de</strong>monstrará segui<strong>da</strong>mente, este é um tempo analítico que não<br />

remete para um intervalo temporal localizado directamente a partir <strong>de</strong> ME, mas que precisa<br />

necessariamente <strong>de</strong> um outro ponto <strong>de</strong> referência passado relativamente àquele 23 , “que<br />

23 (<strong>Oliveira</strong> 1995: 103)

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