11.12.2012 Views

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

2.6.2. As Formas Perifrásticas no DI<br />

2.6.2.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

124<br />

Ao consi<strong>de</strong>rarmos as formas perifrásticas operadores estamos a reportar-nos a uma<br />

característica fun<strong>da</strong>mental que consiste na “conversão <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> situação<br />

num outro, através <strong>de</strong> uma operação <strong>de</strong> transição (ou <strong>de</strong> transformação)” (Mateus et alii<br />

2003: 145/146). São construí<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong> junção <strong>de</strong> verbos <strong>de</strong> operação aspectual + INF<br />

sendo que é o auxiliar que transmite os sentidos aspectuais. As autoras supra menciona<strong>da</strong>s<br />

esquematizam no quadro que a seguir transcrevemos as alterações aspectuais mais<br />

relevantes efectua<strong>da</strong>s pelas construções perifrásticas:<br />

(Mateus et alii 2003: 151)<br />

Uma <strong>da</strong>s construções mais frequentemente utiliza<strong>da</strong> em língua portuguesa é a que<br />

resulta <strong>da</strong> junção do auxiliar estar a + INF, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> <strong>de</strong> Progressivo e quer Ançã (1990)<br />

quer Mateus et alii. (2003) interpretam <strong>da</strong> mesma forma, ou seja, a referi<strong>da</strong> construção<br />

indica duração e incompletu<strong>de</strong>, um estado <strong>de</strong> coisas que <strong>de</strong>corre. A primeira autora <strong>de</strong>signa<br />

esta função <strong>de</strong> aspecto durativo-cursivo, enquanto que a Gramática <strong>da</strong> Língua Portuguesa<br />

aplica o termo estado progressivo. Tal como verificámos no sub-capítulo reservado ao<br />

estudo do PRInd, este tempo verbal raramente remete para um intervalo <strong>de</strong> tempo que é<br />

coinci<strong>de</strong>nte com ME, sendo essa informação forneci<strong>da</strong> por este tipo <strong>de</strong> construção<br />

perifrástica. O mesmo texto gramatical aponta para restrições inerentes a esta forma,<br />

<strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer com estados não faseáveis. Estes terão <strong>de</strong> ser<br />

configurados pelo PRInd ou pelo PImp, quando a frase inclui uma oração temporal, em que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!