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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do alemão no discurso indirecto<br />

autora uma relação idêntica entre ME e MS e entre este e MEO e, efectivamente, a<br />

localização temporal <strong>da</strong> viagem <strong>de</strong> Hans especifica<strong>da</strong> pela expressão adverbial temporal<br />

“diese Woche” inclui os dois MEs, havendo, por isso, uma sobreposição temporal parcial<br />

<strong>de</strong> MS com qualquer um dos outros momentos, ain<strong>da</strong> que o carácter iterativo que lhe é<br />

associado, permita equacioná-lo para lá dos limites temporais dos dois actos discursivos.<br />

Fabricius-Hansen (1989) esquematiza no seguinte quadro as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

transposição/manutenção dos tempos verbais em contexto <strong>de</strong> DI, tendo em conta os<br />

princípios explanados:<br />

(Fabricius-Hansen 1989: 166)<br />

Num artigo em que analisa contrastivamente os mecanismos que subjazem à<br />

transposição em estilo indirecto em alemão, norueguês e inglês, a autora dá especial<br />

enfoque ao emprego <strong>de</strong> INDK na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> “figural verankerter Indikativ”, segundo a<br />

qual o ponto <strong>de</strong> ancoragem é o MEO, o que implica uma correspondência entre as formas<br />

<strong>de</strong> citação directa e indirecta, pelo que a sinalização <strong>de</strong> DI ocorre não ao nível dos tempos<br />

verbais, mas tendo em conta elementos <strong>de</strong> índole pragmática. A ambigui<strong>da</strong><strong>de</strong> no que<br />

concerne ao marco referencial po<strong>de</strong> manifestar-se numa in<strong>de</strong>finição ou sobreposição <strong>de</strong><br />

perspectiva por parte dos enunciadores dos dois momentos discursivos em análise. Esta<br />

ambigui<strong>da</strong><strong>de</strong> que <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> uma compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leituras e interpretações entre os dois<br />

LOC atinge a sua expressão mais visível em contextos em que após um enunciado<br />

composto <strong>de</strong> discurso citador e discurso citado, ocorre um enunciado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, em<br />

que IND é mantido e a atribuição <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura e perspectiva é difícil <strong>de</strong><br />

imputar a qualquer uma <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s enunciadoras. (Fabricius-Hansen 2004: 125s).<br />

Trata-se, por isso, <strong>de</strong> uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> DI que se aproxima claramente <strong>de</strong> uma leitura <strong>de</strong><br />

dicto, em que há gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência e integração contextual <strong>da</strong>s formas verbais na<br />

<strong>de</strong>terminação do(s) ponto(s) <strong>de</strong> ancoragem e perspectiva a consi<strong>de</strong>rar.<br />

Zifonun et alii. (1997) equacionam o emprego <strong>de</strong> INDK e <strong>de</strong> KONJ <strong>de</strong> acordo com a<br />

existência ou ausência <strong>de</strong> marcação textual explícita <strong>de</strong> contexto <strong>de</strong> DI e, <strong>de</strong> acordo com<br />

este princípio orientador, <strong>de</strong>fine duas estratégias <strong>de</strong> citação indirecta. De acordo com a<br />

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