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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

seja, ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les po<strong>de</strong> remeter para mais do que uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, para além <strong>de</strong> que<br />

existe a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> o CONJ ocorrer em contextos em que esperaríamos o IND e vice-<br />

versa (Mateus et alii. 2003: 257s), o que vem, <strong>de</strong> alguma forma alterar as regras <strong>da</strong><br />

sequencialização <strong>de</strong> tempos - consecutio temporum. Trata-se, no entanto, <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mo<strong>da</strong>lização dos enunciados, cuja responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> última é imputa<strong>da</strong> ao falante e que<br />

expressa a “operação <strong>de</strong> referenciação mo<strong>da</strong>l” (Santos 2003: 422) <strong>de</strong>ste face ao enunciado<br />

e ao interlocutor. Fica, por isso, claro, que o modo verbal é apenas um meio à disposição<br />

do falante para se posicionar face ao seu enunciado, <strong>da</strong>í que é impossível consi<strong>de</strong>rar que<br />

uma única forma assuma a expressão <strong>de</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, sendo necessário articular o modo<br />

empregue com uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s como advérbios, adjectivos, tipologia verbal, verbos mo<strong>da</strong>is, tipos<br />

<strong>de</strong> frase e obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> ou não <strong>de</strong> complementos.<br />

2.5.2. O PConj no DI<br />

2.5.2.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

114<br />

Após termos tecido algumas consi<strong>de</strong>rações sobre o comportamento do CONJ em<br />

geral e sobre o seu posicionamento no sistema verbal português, iremos <strong>de</strong>bruçar-nos sobre<br />

o PConj que regista 3 ocorrências na expressão <strong>de</strong> relação <strong>de</strong> ilocução e 23 na oração<br />

subordina<strong>da</strong>, tal como as tabelas iniciais <strong>de</strong>monstram.<br />

O PConj é um tempo eclético, que tanto po<strong>de</strong> apresentar uma leitura temporal <strong>de</strong><br />

sobreposição relativamente ao intervalo temporal a que se refere o tempo verbal <strong>da</strong><br />

subordinante, ou <strong>de</strong> posteriori<strong>da</strong><strong>de</strong> face a este. É, igualmente possível que remeta para um<br />

intervalo temporal perspectivado relativamente ao ME, fornecendo informação <strong>de</strong> futuro:<br />

“Isto quer dizer que o tempo <strong>da</strong> subordina<strong>da</strong> po<strong>de</strong> não só estabelecer uma relação <strong>de</strong><br />

anáfora temporal como também uma relação <strong>de</strong>íctica com o tempo <strong>da</strong> enunciação” (Mateus<br />

et alii. 2003: 267). Em termos <strong>de</strong> mo<strong>da</strong>lização dos enunciados em que ocorre o PConj,<br />

verificamos que, à semelhança do que acontece com os restantes tempos do Conjuntivo, o<br />

seu emprego terá em conta que este modo é um “instrumento privilegiado <strong>de</strong> veiculação <strong>de</strong><br />

informação pressuposta, ou seja, <strong>de</strong> informação à qual é conferido grau menor <strong>de</strong><br />

relevância” (Santos 2003: 514).

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