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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do alemão no discurso indirecto<br />

periféricos, uma vez que possuem uma dimensão mo<strong>da</strong>l para além <strong>de</strong> uma interpretação<br />

temporal, o que não acontece nas restantes formas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s.<br />

A gramática em questão proce<strong>de</strong> a uma análise semântico-temporal dos tempos verbais<br />

que tem como princípio orientador a sua integração contextual, que os autores <strong>de</strong>nominam <strong>de</strong><br />

ZIK – zeitlicher Interpretationskontext –, e que entra em linha <strong>de</strong> conta intervalos <strong>de</strong> tempo<br />

específicos que permitem estabelecer relações temporais diversas e proce<strong>de</strong>r a uma<br />

localização relativa <strong>da</strong>s formas verbais, tendo em conta os marcos referenciais fornecidos<br />

contextualmente. Daqui <strong>de</strong>corre uma interpretação dinâmica dos tempos verbais,<br />

contextualmente formula<strong>da</strong>, e que permite uma actualização, <strong>de</strong>limitação e especificação dos<br />

seus vários sentidos, para além <strong>de</strong> uma coesão textual/discursiva:<br />

Tempora treffen entwe<strong>de</strong>r auf geeignete Interpretationskontexte, relativ zu <strong>de</strong>nen sie<br />

interpretiert wer<strong>de</strong>n, o<strong>de</strong>r sie liefern Bedingungen für <strong>de</strong>n Übergang zu an<strong>de</strong>ren zeitlichen<br />

Interpretationskontexten. Das gleiche gilt für temporale Adverbien und temporale Adverbialia<br />

allgemein. (Zifonun et alii. 1997: 1713)<br />

Assim, os autores reconhecem a existência <strong>de</strong> intervalos <strong>de</strong> tempo / pontos <strong>de</strong><br />

referência específicos, que possibilitam e sustentam uma interpretação semântico-temporal<br />

dos tempos verbais. O comportamento <strong>da</strong>s formas verbais tem como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> a<br />

existência <strong>de</strong> uma forma infinitiva não flexiona<strong>da</strong>, que serve <strong>de</strong> base a qualquer frase –<br />

“tempusloser Satzrest” -, e ao qual é atribuído um valor temporal, <strong>de</strong> acordo com o tempo<br />

verbal em que essa forma impessoal for conjuga<strong>da</strong>. Assim, todos os intervalos <strong>de</strong> tempo para<br />

que a forma impessoal for váli<strong>da</strong>, <strong>de</strong> acordo com a localização temporal expressa pela<br />

informação verbal, adquirem a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> “Faktzeit” – o MS –, sendo ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar<br />

o “Sprechzeit” – o ME – um marco referencial essencial para a interpretação <strong>de</strong> um tempo<br />

verbal. Para além <strong>de</strong>stes dois intervalos temporais, os autores referem, ain<strong>da</strong>, a existência do<br />

“Betrachtzeit” – momento <strong>de</strong> observação – que é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> enunciação e que po<strong>de</strong> ser<br />

fornecido contextualmente nas mais diversas formas: “Wir wollen diesen Zeitabschnitt<br />

BETRACHTZEIT nennen. Neben Temporaladverbialia können auch an<strong>de</strong>re Ausdrücke die<br />

Betrachtzeit vorgeben, o<strong>de</strong>r diese kann lediglich aus <strong>de</strong>m Kontext erschlieβbar sein.” (Zifonun<br />

et alii. 1997: 1691). Por último, os autores introduzem o conceito <strong>de</strong> “Orientierungszeit” –<br />

MO – que po<strong>de</strong> ser coinci<strong>de</strong>nte com o momento <strong>da</strong> enunciação ou <strong>de</strong>marcar-se <strong>de</strong>ste, sendo,<br />

no entanto, por ele introduzido. Ou seja, o MO é equacionado tendo em conta a perspectiva <strong>de</strong><br />

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