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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise contrastiva dos tempos verbais do português e do alemão no discurso indirecto<br />

milhões para incentivo ao <strong>de</strong>senvolvimento. “Temos <strong>de</strong> evitar que em 2019 estejamos <strong>de</strong> novo<br />

aqui e nos perguntemos, para que é que serviu todo o dinheiro.” O país precisa <strong>de</strong> uma<br />

inventariação clara – as elites, ou seja, os banqueiros, os lí<strong>de</strong>res económicos e os políticos,<br />

sentados à sua frente, têm a obrigação <strong>de</strong> sair à rua e dizer a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> às pessoas,<br />

eventualmente, mesmo as ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s mais duras.<br />

Por exemplo, o facto <strong>de</strong> existirem e terem <strong>de</strong> existir na Alemanha condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>siguais e<br />

<strong>de</strong> essas diferenças não po<strong>de</strong>rem ser elimina<strong>da</strong>s, mesmo com muito dinheiro. Os Alemães terão<br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a aceitar condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>siguais. (Der Spiegel nr. 39/20.09.04, p. 63)<br />

A forma analítica “wür<strong>de</strong>n+INF” ocorre no exemplo 60a, uma vez que estabelece<br />

uma relação <strong>de</strong> dispensabili<strong>da</strong><strong>de</strong> com a forma <strong>de</strong> KONJI que, a ser empregue, po<strong>de</strong>ria<br />

conduzir a ambigui<strong>da</strong><strong>de</strong>s, uma vez que é coinci<strong>de</strong>nte com a forma <strong>de</strong> INDK.<br />

51a) Nach einigen anekdotischen Einschüben setzte sie hinzu, sie sei über die Jahre hin ihre<br />

“Schulmädchenbefangenheit” vor Hei<strong>de</strong>gger nicht losgewor<strong>de</strong>n. Sie habe <strong>da</strong>s oft erzählt: wie<br />

sie bald nach Beginn <strong>de</strong>s Studiums zur Vorstellung bei <strong>de</strong>m Theologen Rudolf Bultmann<br />

erschien und ihm mit <strong>de</strong>m ganzen “Hochmut meiner achtzehn Jahre” erklärte, <strong>da</strong>ss sie sich je<strong>de</strong><br />

antisemitische Äuβerung von ihm wie von einem <strong>de</strong>r Seminarteilnehmer aufs entschie<strong>de</strong>nste<br />

verbitte. Bultmann habe sie <strong>da</strong>nn einigermaβen beschämt, sagte sie, in<strong>de</strong>m er lächelnd<br />

erwi<strong>de</strong>rte, gemeinsam wür<strong>de</strong>n sie mit allen <strong>da</strong>nkbaren Rüpeleien schon fertig wer<strong>de</strong>n. (Der<br />

Spiegel nr. 38/13.09.04, p. 143)<br />

Após algumas introduções anedóticas, ela acrescentou que, ao longo dos anos, não tinha<br />

conseguido livrar-se <strong>da</strong> sua “timi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> colegial” perante Hei<strong>de</strong>gger. Contou muitas vezes<br />

como, logo a seguir ao início do curso, se apresentou ao teólogo Rudolf Bultmann e lhe<br />

explicou, com to<strong>da</strong> a “soberba dos meus <strong>de</strong>zoito anos”, que, <strong>de</strong>cisivamente, não admitia<br />

qualquer observação anti-semita, quer viesse <strong>de</strong>le ou <strong>de</strong> um dos participantes no seminário.<br />

Disse que, então, Bultmann <strong>de</strong> algum modo a envergonhou ao respon<strong>de</strong>r, sorrindo, que juntos<br />

acabariam por se enten<strong>de</strong>r apesar <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as possíveis más-criações. (Der Spiegel nr.<br />

38/13.09.04, p. 143)<br />

No que concerne ao exemplo 51a, a forma “wür<strong>de</strong>n+INF” estabelece com FP uma<br />

relação <strong>de</strong> equivalência. Trata-se <strong>de</strong> um contexto que exprime uma noção <strong>de</strong> futuri<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

mas, também, <strong>de</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, introduzindo no enunciado dúvi<strong>da</strong> ou incerteza. Nesse<br />

sentido, FP é o tempo verbal que mais claramente encerra esta informação semântico-<br />

temporal. Em alemão não ocorre transposição temporal verbal, pelo que a ancoragem se<br />

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