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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do alemão no discurso indirecto<br />

“Entferntheit/Nicht-Entferntheit”. Por outro lado, e tendo em conta a fórmula acima<br />

transcrita, fica clara a existência <strong>de</strong> duas vozes, duas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s enunciativas, em que ca<strong>da</strong><br />

uma tem um nível <strong>de</strong> participação distinto, porque são <strong>de</strong>strinçáveis os sistemas<br />

referenciais e <strong>de</strong>ícticos <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um. Assim, o DI aproxima-se <strong>de</strong> uma<br />

outra forma <strong>de</strong> citação, o DD mas há, no entanto, uma integração <strong>de</strong> dois momentos<br />

discursivos, em que a intervenção do texto citador é, no entanto, visível a nível <strong>da</strong> escolha<br />

dos verbos introdutórios e em termos <strong>da</strong> escolha <strong>da</strong> <strong>de</strong>íxis pessoal, ou seja, há sempre uma<br />

reacomo<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> uma situação comunicativa a um novo momento enunciativo.<br />

Segui<strong>da</strong>mente, e em termos comunicativo-pragmáticos, o KONJ facilita o<br />

distanciamento entre as vozes e perspectivas dos dois enunciadores, ou seja, o KONJ<br />

permite que o LOC actual se distancie do enunciado produzido por outrem, ou seja,<br />

permite <strong>de</strong>marcar perspectivas ou, <strong>de</strong> forma menos evi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>ixar em aberto um<br />

eventual comprometimento.<br />

No que concerne ao emprego <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> KONJI e KONJII, vários contextos são<br />

apontados para se optar por ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s sequências temporais. Verificámos que KONJI<br />

caracteriza o <strong>de</strong>nominado BR, ou seja, o DI que não é sintacticamente integrado,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo directamente <strong>de</strong> um discurso citador. No entanto, parece haver alguma<br />

unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> quanto ao facto <strong>de</strong> não haver uma <strong>de</strong>finição regulamenta<strong>da</strong> para a utilização<br />

<strong>de</strong> ambos. Assim, e tendo em conta os fenómeno <strong>de</strong> homografia que se verifica entre PR e<br />

PRK, vários autores referem a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> empregar as formas <strong>de</strong> KONJII, como<br />

forma <strong>de</strong> sinalização inequívoca <strong>de</strong> DI e <strong>de</strong> KONJ. Por outro lado, e tendo em conta que o<br />

próprio KONJII apresenta limitações ao nível do seu emprego, também por fenómeno <strong>de</strong><br />

coincidência formal com PRT, e porque o uso quotidiano <strong>da</strong> língua reserva o seu uso ao<br />

nível <strong>de</strong> verbos mo<strong>da</strong>is, “sein”, “haben” e outros verbos irregulares mais comuns, a<br />

construção analítica “wür<strong>de</strong>n+INF” parece assumir alguma prepon<strong>de</strong>rância, indo <strong>de</strong><br />

encontro a uma tendência típica do paradigma verbal alemão, no sentido <strong>de</strong> constituir<br />

predicados compostos. Assim, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que só os contextos em que se<br />

expressa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> irrealis/potentialis, segundo Thieroff (1992) “Kontra-Faktivität”, não<br />

são permutáveis as duas sequências <strong>de</strong> tempos verbais. Esta tese é, igualmente, sustenta<strong>da</strong><br />

pelo facto <strong>de</strong>, em alguns contextos, surgirem formas <strong>de</strong> KONJII, quando seria possível<br />

empregar o KONJI, sem qualquer comprometimento <strong>da</strong> classificação <strong>da</strong> forma verbal.<br />

Outros contextos há em que a forma <strong>de</strong> KONJII é manti<strong>da</strong> nas duas situações enunciativas,<br />

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