11.12.2012 Views

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Análise semântico-temporal dos tempos verbais do alemão no discurso indirecto<br />

alteração vocálica, sendo acrescentado um na forma <strong>de</strong> KONJ: ich ging/ich ginge. O<br />

sincretismo entre as duas formas verifica-se, não raras vezes, ao nível <strong>da</strong> orali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Relativamente às semelhanças formais que ocorrem entre as formas <strong>de</strong> PR e PRT<br />

nos dois modos, Zifonun et alii. (1997) equacionam três possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> interpretação<br />

<strong>de</strong>ste fenómeno, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente: a homonímia, a polissemia mo<strong>da</strong>l, que necessita <strong>de</strong><br />

contextualização para esclarecer ambigui<strong>da</strong><strong>de</strong>s, e a redução mo<strong>da</strong>l <strong>da</strong> forma não marca<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> INDK no KONJ – “Modusreduktion”. Consi<strong>de</strong>ram, no entanto, os autores que esta<br />

última possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>verá ser analisa<strong>da</strong> tendo em conta os dois tipos <strong>de</strong> contextos em<br />

que as formas <strong>de</strong> KONJ ocorrem, sendo que nos interessa particularmente o DI:<br />

Da in Indirektheitskontexten generell auch Indikativ möglich ist, kann <strong>de</strong>r Nachweis einer<br />

modusambivalenten Form (= Losung 1 und 2) gar nicht geführt wer<strong>de</strong>n. Hier wäre es sinvoll,<br />

stets Indikativ, also Modusreduktion anzusetzen. In Textsorten mit obligatorischer<br />

Modusmarkierung von indirekter Re<strong>de</strong>wie<strong>de</strong>rgabe wird <strong>da</strong>nn stets auf distinkte Konjunktiv-<br />

Präteritum-Formen o<strong>de</strong>r die wür<strong>de</strong> Form ausgewichen. (Zifonun et alii. 1997: 1742)<br />

A proposta equaciona<strong>da</strong> aponta para a utilização do INDK em contextos <strong>de</strong> DI, que<br />

como veremos, enfrenta no domínio escrito algumas restrições, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente, ao nível<br />

do BR, em que o discurso imputado a outrem é reacomo<strong>da</strong>do à situação comunicativa<br />

actual sem recorrer à <strong>de</strong>pendência sintáctica directa <strong>da</strong> expressão <strong>de</strong> relação <strong>de</strong> ilocução. É<br />

nesse sentido, que se prevê a utilização <strong>de</strong> formas sintéticas ou analíticas <strong>de</strong> KONJII, em<br />

situações em que a marcação <strong>de</strong> DI é necessária. Estas alternativas são possíveis no<br />

paradigma verbal alemão e estão previstas pelos textos gramaticais mas, veremos que no<br />

corpus analisado não são utiliza<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma tão sistemática, o que, muitas vezes gera<br />

contextos cuja interpretação é dúbia.<br />

Relativamente às construções que incluem a forma “wür<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente “wur<strong>de</strong><br />

+ INF” e “wür<strong>de</strong> + PARII + INF haben/sein”, Zifonun et alii. (1997) consi<strong>de</strong>ram que estas<br />

estão fora do paradigma verbal alemão e ocorrem a par do PRTKII e do PPKII. Em termos<br />

sistémicos, as formas com “wür<strong>de</strong>n” não são paralelas às formas <strong>de</strong> FUTKI, ain<strong>da</strong> que por<br />

razões <strong>de</strong> similitu<strong>de</strong> estrutural ou fonética e para evitar casos <strong>de</strong> repetição <strong>de</strong> formas<br />

verbais “wer<strong>de</strong>n wer<strong>de</strong>”, expressem, não raras vezes, o valor semântico-temporal <strong>de</strong><br />

futuro. Esta interpretação opõe-se, como veremos, à interpretação <strong>de</strong> Thieroff (1992) que<br />

incorpora estas construções analíticas no paradigma verbal alemão <strong>de</strong> IND, <strong>de</strong>signando-as<br />

145

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!