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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Consi<strong>de</strong>rações Finai<br />

Por fim, verificámos que a teoria <strong>de</strong> Comrie não é váli<strong>da</strong> para nenhum dos sistemas<br />

verbais analisados, ain<strong>da</strong> que o princípio <strong>de</strong> transposição verbal oriente a marcação do DI<br />

em português e alemão, tal como em inglês. A teoria <strong>de</strong> Comrie partilha com o alemão a<br />

substituição formal <strong>de</strong> tempos verbais, ain<strong>da</strong> que em mol<strong>de</strong>s distintos, e com o português e<br />

o alemão (aquando do uso <strong>de</strong> INDK) a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> – nem sempre concretiza<strong>da</strong> – <strong>de</strong> fazer<br />

“recuar” um <strong>de</strong>terminado tempo verbal até ao seu correspon<strong>de</strong>nte no passado, atribuindo<br />

relevância à perspectiva estabeleci<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> ME.<br />

A escolha <strong>de</strong> um corpus jornalístico potenciou uma análise mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

um fenómeno discursivo num universo textual específico. No entanto, tal enquadramento<br />

limita, por motivos óbvios, uma análise e interpretação mais abrangente e completa sobre a<br />

transposição discursiva em DI. Consi<strong>de</strong>ramos que por razões <strong>de</strong> índole prática e <strong>de</strong><br />

manuseamento do corpus, um trabalho <strong>de</strong>sta natureza não seria sustentável, se não<br />

estabelecêssemos um universo <strong>de</strong> análise. Por outro lado, consi<strong>de</strong>ramos que o número <strong>de</strong><br />

exemplos analisado, ain<strong>da</strong> que já com alguma amplitu<strong>de</strong>, é uma amostra que apresenta<br />

limitações em termos numéricos e <strong>de</strong> inventário <strong>da</strong>s formas verbais que po<strong>de</strong>m ocorrer e<br />

dos diversos contextos em que estas po<strong>de</strong>m ser actualiza<strong>da</strong>s. No entanto, julgamos que a<br />

amostra consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> revela indicadores e tendências claras na organização e estrutura<br />

discursiva <strong>de</strong> DI, no texto jornalístico. Tentámos que a nossa análise tivesse em conta a<br />

interacção <strong>da</strong>s formas verbais com outras uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s do sistema, e as actualizações e<br />

relações semântico-temporais <strong>da</strong>í <strong>de</strong>correntes. No entanto, e por opção metodológica, não<br />

nos <strong>de</strong>bruçámos em pormenor sobre questões pragmáticas e <strong>de</strong> intenção comunicativa,<br />

nem consi<strong>de</strong>rámos variáveis como o estilo discursivo do LOC em causa, ain<strong>da</strong> que<br />

tenhamos abor<strong>da</strong>do esta perspectiva, sempre que consi<strong>de</strong>rado incontornável e necessário<br />

para a análise dos enunciados. No entanto, o enfoque do nosso trabalho era a expressão <strong>da</strong><br />

temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> e foi nela que nos centrámos.<br />

Definimos, igualmente, como objectivo inicial contribuir para a <strong>de</strong>scrição dos<br />

sistemas verbais do português e do alemão. Naturalmente, que a nossa abor<strong>da</strong>gem será<br />

sempre parcelar, porque está foca<strong>da</strong> numa manifestação linguística muito concreta. Não<br />

obstante, pensamos ter conseguido <strong>de</strong>finir algumas linhas orientadoras que permitem<br />

compreen<strong>de</strong>r, numa perspectiva contrastiva, o processo <strong>de</strong> transposição discursiva em<br />

alemão e português. Ficam, no entanto, questões por respon<strong>de</strong>r e perspectivas por abor<strong>da</strong>r.<br />

O nosso estudo centrou-se apenas nas manifestações <strong>de</strong> DI que incluem um discurso<br />

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