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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

conta a importância que a sequência temporal adquire ao nível <strong>da</strong> coesão textual. À<br />

semelhança do que ocorre em contextos <strong>de</strong> subordinação sintáctica, também nas<br />

manifestações <strong>de</strong> DI em BR, foram consi<strong>de</strong>rados os tempos verbais que ocorrem na oração<br />

subordinante, que no caso específico do exemplo 17 se consubstanciam nas formas:<br />

“müsse…geschaffen wer<strong>de</strong>n”, “müsse…bestimmt wer<strong>de</strong>n” e “bestehen”, uma vez que se<br />

tratam <strong>de</strong> orações coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>s copulativas e, mais adiante, o predicado “gehöre”.<br />

A análise <strong>da</strong>s tabelas no anexo 3 permite verificar que foram contabiliza<strong>da</strong>s um<br />

total <strong>de</strong> 401 formas verbais em contexto <strong>de</strong> discurso citador e 457 no discurso citado. É,<br />

igualmente, visível a incidência que as formas <strong>de</strong> PR e PRT têm ao nível <strong>da</strong> expressão<br />

introdutória <strong>de</strong> discurso indirecto, enquanto que o PRK se <strong>de</strong>staca quantitativamente dos<br />

outros tempos verbais em contexto <strong>de</strong> discurso citado, seguido do PERK. Fica, também,<br />

<strong>de</strong>monstrado que as formas <strong>de</strong> PRTKII e PPKII não têm uma representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> muito<br />

significativa no nosso universo, com um total <strong>de</strong> 31 e 13 ocorrências, respectivamente. O<br />

mesmo acontece com a construção analítica “wür<strong>de</strong>n+Infinitiv” que surge apenas 3 vezes.<br />

Estes <strong>da</strong>dos levantam algumas questões quanto à incidência diminuta <strong>de</strong>stas construções e<br />

<strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> KONJII em contexto <strong>de</strong> DI, no domínio <strong>da</strong> escrita, partindo nós do<br />

pressuposto que a sua ocorrência se <strong>de</strong>ve, em parte, a questões <strong>de</strong> coincidência formal<br />

entre formas verbais dos INDK e KONJ, que como veremos no ponto 3.3 ocorrem com<br />

alguma frequência no sistema verbal alemão.<br />

Por outro lado, é possível observar que as formas <strong>de</strong> INDK ocorrem nos enunciados<br />

consi<strong>de</strong>rados com alguma incidência, sendo que o PR apresenta um total <strong>de</strong> 62<br />

ocorrências, o que é um número significativo tendo em conta o total contabilizado.<br />

Efectivamente, sabemos que o falante alemão tem à sua disposição as formas <strong>de</strong> INDK e<br />

KONJ para po<strong>de</strong>r reportar-se a um acto discursivo prévio <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente contextualizado e<br />

inserido numa situação comunicativa posterior, mas se o modo KONJ é consi<strong>de</strong>rado uma<br />

marca específica <strong>de</strong>sse produto discursivo, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um <strong>da</strong>do importante para<br />

reflexão e análise, a incidência algo significativa <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> INDK. Cumpre,<br />

igualmente, mencionar que a combinação PRT e PRKI, em discurso citador e discurso<br />

citado, respectivamente, constitui a combinação mais produtiva <strong>de</strong> todo o corpus analisado.<br />

Por último, parece-nos importante salientar que verificámos existirem exemplos em<br />

que a coincidência formal entre as formas <strong>de</strong> INDK e KONJ nos suscitaram algumas<br />

dúvi<strong>da</strong>s, quanto à classificação <strong>de</strong>sses mesmos tempos verbais. Optámos, naturalmente,<br />

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