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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

KONJI é marca<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> tipologia textual e do contexto sócio-cultural em<br />

que o seu emprego serve, enquanto que a utilização <strong>de</strong> KONJII é sujeito a uma série <strong>de</strong><br />

factores bem mais ecléticos como o tipo <strong>de</strong> texto, a situação comunicativa e muito<br />

particularmente com varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s do alemão, que se <strong>de</strong>sviam do <strong>de</strong>nominado padrão:<br />

[…] wahren<strong>de</strong> <strong>de</strong>r Konjunktiv <strong>de</strong>r Präsensgruppe ein<strong>de</strong>utig textsortenspezifisch sowie<br />

soziostilistisch markiert ist, ist <strong>de</strong>r Konjunktiv <strong>de</strong>r Präteritumsgruppe varietäten-, textsorten-,<br />

verwendungssituations- und sprechergruppenübergreifend in Gebrauch, jedoch in seiner<br />

Extension, was die verwen<strong>de</strong>ten Verben angeht, wie<strong>de</strong>rum mit varietätenabhängigen<br />

Unterschie<strong>de</strong>n stark eingeschränkt (Zifonun et alii. 1997:1785).<br />

Tendo em conta as diversas leituras efectua<strong>da</strong>s <strong>de</strong>paramo-nos com alguns <strong>da</strong>dos que<br />

nos parecem ser <strong>de</strong> consenso amplo, mas verificamos, igualmente, que os diversos autores<br />

evi<strong>de</strong>nciam critérios distintos para fun<strong>da</strong>mentarem o emprego <strong>de</strong> KONJI e KONJII <strong>da</strong><br />

forma <strong>de</strong> citação <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> por DI.<br />

Consensual é o facto <strong>de</strong> o modo KONJ constituir um subsistema do paradigma<br />

verbal alemão, com atribuições específicas <strong>da</strong>s quais <strong>de</strong>stacamos a sinalização <strong>de</strong><br />

contextos discursivos em que ocorre o DI. Nesse sentido, e excluindo alguns empregos<br />

menos relevantes <strong>de</strong> KONJI que não são pertinentes neste trabalho investigativo,<br />

verificou-se que as formas que o constituem traduzem, no essencial, a seguinte fórmula:<br />

“Ich, B, sage, <strong>da</strong>ss A sagt, <strong>da</strong>ss p, aber ich lasse offen, ob ich sage, <strong>da</strong>ss p” (Zifonun et<br />

alii. 1997: 1762), o que implica que é <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do citador a escolha do verbo<br />

introdutório, que no texto jornalístico, em especial po<strong>de</strong> indicar alguma manipulação<br />

discursiva, bem como as alterações <strong>de</strong>ícticas pessoais perspectiva<strong>da</strong>s a partir <strong>de</strong>le. No<br />

entanto, a escolha <strong>de</strong> KONJ implica a anulação <strong>da</strong> ancoragem à situação <strong>de</strong> enunciação<br />

actual, para ser redirecciona<strong>da</strong> para o ponto <strong>de</strong> perspectiva temporal constituído pelo acto<br />

enunciativo original. Assim, a relação entre o tempo verbal <strong>da</strong> expressão introdutória e a<br />

forma verbal que constitui o discurso citado não é relevante, na medi<strong>da</strong> em que há<br />

correspondências específicas entre os tempos <strong>de</strong> INDK e <strong>de</strong> KONJ. Não implica este<br />

processo que as formas <strong>de</strong> KONJ sejam <strong>de</strong>sprovi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> valor temporal, aliás Thieroff<br />

(1992) <strong>de</strong>monstra que é possível o emprego <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> KONJI e KONJII em contexto<br />

puramente <strong>de</strong> DI, porque o seu valor semântico-temporal é idêntico e a distinção mo<strong>da</strong>l<br />

entre as duas sequências <strong>de</strong> tempos <strong>de</strong>corre, como vimos <strong>da</strong> dicotomia<br />

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