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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

<strong>de</strong>terminado conteúdo proposicional. Verificámos que as formas <strong>de</strong> INDK po<strong>de</strong>m ter<br />

como ponto <strong>de</strong> perspectiva temporal o discurso citado original ou o ME do discurso<br />

citador, po<strong>de</strong>ndo haver casos dúbios em que é possível consi<strong>de</strong>rar qualquer um dos dois<br />

MEs na focalização dos factos, o que po<strong>de</strong> conduzir a alterações semântico-temporais<br />

evi<strong>de</strong>ntes na interpretação dos enunciados.<br />

Na medi<strong>da</strong> em que qualquer exposição e análise teórica ficaria <strong>de</strong>svirtua<strong>da</strong> e lacunar<br />

sem uma análise específica e contextualiza<strong>da</strong> <strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> INDK no DI, iremos no sub-<br />

capítulo seguinte <strong>de</strong>bruçar-nos, em específico, sobre os <strong>da</strong>dos do universo discursivo que<br />

seleccionámos. À semelhança do procedimento que nos norteou no capítulo relativo à<br />

língua portuguesa, o corpus seleccionado serviu, a par com as fontes bibliográficas<br />

consulta<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> e <strong>de</strong> reflexão para as consi<strong>de</strong>rações iniciais, mas permitiu,<br />

também, recolher <strong>da</strong>dos muito concretos (sobre ca<strong>da</strong> tempo verbal em particular) que<br />

<strong>de</strong>correm <strong>da</strong> interacção contextual <strong>da</strong>s formas verbais e, como tal, permitem actualizar os<br />

diversos sentidos e configurações que os tempos verbais po<strong>de</strong>m adquirir num <strong>de</strong>terminado<br />

universo textual. Em consonância com o critério organizacional <strong>de</strong> representativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

numérica <strong>da</strong>s formas verbais no universo <strong>de</strong> exemplos analisado, começaremos por nos<br />

<strong>de</strong>bruçar sobre o PRT (vd. anexo 3).<br />

3.4.2. O PRT no DI<br />

3.4.2.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

Os <strong>da</strong>dos numéricos e percentuais que constam <strong>da</strong>s tabelas 1 e 2 presentes no anexo<br />

3 <strong>de</strong>monstram que o PRT regista um total <strong>de</strong> 225 ocorrências na oração subordinante,<br />

enquanto na oração subordina<strong>da</strong> apresenta uma produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> muito mais reduzi<strong>da</strong>, <strong>de</strong><br />

apenas 30 registos, o que aponta para um evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sequilíbrio no emprego <strong>de</strong>sta forma<br />

verbal nos dois segmentos que compõem um enunciado transposto em estilo indirecto.<br />

Tendo em conta que os tempos que compõem o modo KONJ são, por norma, os<br />

marcadores formais e semântico-temporais <strong>da</strong> transposição discursiva indirecta em língua<br />

alemã, a reduzi<strong>da</strong> ocorrência <strong>de</strong> PRT no discurso citado parece encontrar neste facto a sua<br />

justificação mais óbvia, tornando, por isso, particularmente importante averiguar quanto<br />

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