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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do português no discurso indirecto<br />

idêntico –“questionar”, que <strong>de</strong>tém um valor passivo nos dois contextos, conferido pelo<br />

PAR. No primeiro excerto (165), o PAR remete para um intervalo temporal balizado entre<br />

dois marcos temporais no PPS – “negou” e “apontou”, com ancoragem directa a ME,<br />

havendo uma sequência <strong>de</strong> eventos todos ao mesmo nível. No segundo enunciado (139a),<br />

indica um estado <strong>de</strong> coisas anterior a um marco referencial em PPS, mas mantém a<br />

ancoragem a ME:<br />

165) Charles Phillips negou que a Oracle preten<strong>da</strong>, com as suas recentes aquisições<br />

comprar marcas e, questionado sobre as lições que a sua empresa retirara <strong>da</strong> compra, no ano<br />

passado, <strong>da</strong> PeopleSoft (…), apontou a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> comunicação com os clientes <strong>da</strong><br />

empresa adquiri<strong>da</strong>. – p. 34<br />

139a) O secretário-geral socialista, José Sócrates, não excluiu hoje a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> o PS<br />

abdicar do compromisso eleitoral <strong>de</strong> realizar um referendo sobre o aborto e <strong>de</strong> aprovar a<br />

alteração <strong>da</strong> legislação no Parlamento.<br />

Questionado pela comunicação social sobre se consi<strong>de</strong>ra a hipótese <strong>de</strong> a <strong>de</strong>spenalização do<br />

aborto ser aprova<strong>da</strong> «no Parlamento» e se «admite não haver referendo», José Sócrates<br />

respon<strong>de</strong>u que <strong>de</strong>cidirá <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> conhecido o parecer do Tribunal Constitucional sobre a<br />

questão do início <strong>da</strong> sessão legislativa.<br />

(http://visaoonline.clix.pt/<strong>de</strong>fault.asp?CpContentId=328263, 21.10.05)<br />

Assim, e tendo em conta a fraca expressão <strong>da</strong> forma nos enunciados que baseiam o<br />

nosso estudo, verificamos que o PAR, à semelhança <strong>da</strong>s duas formas nominais anteriores<br />

necessita <strong>de</strong> um MR que localize o intervalo <strong>de</strong> tempo a que a forma se reporta, para além<br />

<strong>de</strong> ser estabeleci<strong>da</strong> ancoragem directa ao MR natural, a momento <strong>de</strong> enunciação do citador<br />

(jornalista). Tendo em conta as informações contextuais forneci<strong>da</strong>s, o PAR remete para um<br />

intervalo <strong>de</strong> tempo anterior ao ME, verificamos que os tempos verbais que integram o<br />

discurso citado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>quela forma verbal apontam para uma transposição entre<br />

PPS e PMPS e para a manutenção <strong>de</strong> PRInd, com valor <strong>de</strong> aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong> contínua.<br />

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