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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do alemão no discurso indirecto<br />

conversa e se processa à apreciação do seu <strong>de</strong>curso e, nesse sentido, o discurso <strong>de</strong>ve ser<br />

claramente imputado ao LOC original. Esta interpretação do emprego <strong>de</strong> PRT em contexto<br />

<strong>de</strong> DI é corrobora<strong>da</strong> no exemplo 100, em que o jornalista se reporta a um <strong>da</strong>do factual e<br />

percentual. A forma verbal “legten” po<strong>de</strong>ria revestir-se <strong>de</strong> alguma ambigui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>do o<br />

sincretismo formal entre PRT e KONJII. No entanto, em termos formais ou semântico-<br />

pragmáticos, o KONJII não se justifica no contexto. Relativamente ao exemplo 69, o<br />

enunciado transcrito é <strong>de</strong> tipo narrativo, uma vez que existe uma sucessão <strong>de</strong> factos<br />

passados que fazem parte <strong>de</strong> um cenário <strong>de</strong> conflito. Trata-se um exemplo em que a<br />

fronteira entre DI e a narrativa é ténue e a marcação <strong>de</strong> transposição discursiva está apenas<br />

a cargo <strong>da</strong> oração introdutória. Em última análise, a ausência <strong>de</strong> KONJ po<strong>de</strong> sinalizar uma<br />

empatia do jornalista pelos factos <strong>de</strong>scritos pelo LOC original. O enunciado 106 apresenta<br />

uma forma do verbo “steigen” que, em virtu<strong>de</strong> do sincretismo formal entre as formas <strong>de</strong><br />

PRT <strong>de</strong> INDK e KONJ, po<strong>de</strong>ria suscitar ambigui<strong>da</strong><strong>de</strong> na i<strong>de</strong>ntificação do modo verbal. No<br />

entanto, o tipo <strong>de</strong> contexto em que a forma “stiegen” ocorre, permite-nos consi<strong>de</strong>rar que se<br />

trata do modo IND, na medi<strong>da</strong> em que o assunto abor<strong>da</strong>do é <strong>de</strong> cariz factual, suportado por<br />

<strong>da</strong>dos numéricos e estatísticos, que em na<strong>da</strong> comprometem o jornalista na divulgação <strong>da</strong><br />

informação. Por último, o exemplo 171 é constituído, na oração subordina<strong>da</strong>, por duas<br />

formas <strong>de</strong> INDK, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente, PRT e PR, sendo que a forma <strong>de</strong> passado aponta para<br />

um MS pontual circunscrito a um momento no âmbito <strong>de</strong> uma experiência científica, cuja<br />

localização é forneci<strong>da</strong> contextualmente pela oração temporal “Nach<strong>de</strong>m sie <strong>da</strong>s Ví<strong>de</strong>o<br />

beobachtet hatten”. A opção <strong>de</strong> empregar as formas <strong>de</strong> IND, em <strong>de</strong>trimento dos tempos<br />

verbais correspon<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> KONJ <strong>de</strong>verá, novamente, pren<strong>de</strong>r-se com o conteúdo<br />

noticioso em causa, uma vez que se trata <strong>de</strong> um teor científico, objectivo e factual.<br />

Em termos semântico-temporais, o PRT <strong>de</strong>tém nos contextos analisados uma<br />

interpretação parcialmente semelhante. Nos enunciados 42 e 100, em que as orações<br />

introdutórias estão igualmente no PRT, este tempo verbal tem uma interpretação<br />

semântico-temporal retrospectiva, que remete para factos passados circunscritos anteriores<br />

a MEO e a ME. No exemplo 69, PRT é igualmente retrospectivo, sendo que o ponto <strong>de</strong><br />

referência é fornecido pelo contexto, pelo que a sucessão <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong>scritos se inscreve<br />

num lapso temporal anterior a ME. O emprego <strong>de</strong> PR presentifica a enunciação original e,<br />

como tal, ME e MEO parecem convergir enquanto pontos <strong>de</strong> orientação, ain<strong>da</strong> que a<br />

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