11.12.2012 Views

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

encontremos unicamente nas orações introdutórias <strong>de</strong> DI, em números igualmente pouco<br />

significativos, porque se trata <strong>de</strong> um registo escrito, em que por opção do jornalista, por<br />

questões <strong>de</strong> economia <strong>de</strong> espaço, por motivos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m estilística, <strong>de</strong> construção e<br />

coerência textual se po<strong>de</strong> optar por esta forma nominal. Outras possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s po<strong>de</strong>riam ser<br />

ti<strong>da</strong>s em conta <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente o uso <strong>de</strong> orações copulativas em que o GER seria<br />

substituído pelo mesmo tempo <strong>da</strong> forma verbal <strong>de</strong> que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>. Em situações em que<br />

surge no início <strong>de</strong> um período, é possível utilizar uma conjunção temporal + INF, o que<br />

seria mais usual no domínio <strong>da</strong> orali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

2.4.3. O PAR no DI<br />

2.4.3.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

108<br />

Tal como nos mostram os <strong>da</strong>dos numéricos e percentuais, o PAR tem uma<br />

representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> muito diminuta no corpus seleccionado, com apenas 4 ocorrências<br />

enquanto formas <strong>de</strong> expressão <strong>de</strong> ilocução. Não consi<strong>de</strong>ramos, aqui, intervenção do PAR<br />

na formação <strong>de</strong> tempos compostos e na composição <strong>da</strong>s estruturas passivas, mas antes a<br />

utilização do PAR <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> auxiliar. O PAR não é passível <strong>de</strong> flexão em pessoa, mas<br />

po<strong>de</strong> estabelecer concordâncias em género e número. Cintra & Cunha (1997) evi<strong>de</strong>nciam a<br />

ausência <strong>de</strong> significado temporal <strong>de</strong>sta forma empregue isola<strong>da</strong>mente: “Desacompanhado<br />

<strong>de</strong> auxiliar, o Particípio exprime fun<strong>da</strong>mentalmente o estado resultante <strong>de</strong> uma acção<br />

acaba<strong>da</strong>” (Cunha & Cintra 1997: 492). Nessa medi<strong>da</strong>, as relações temporais são expressas<br />

contextualmente no passado presente e futuro face a ME e po<strong>de</strong>m ser anteriores,<br />

simultâneas ou posteriores, face a um outro MR fornecido contextualmente. É <strong>de</strong> referir<br />

que mesmo isola<strong>da</strong>mente, o PAR po<strong>de</strong> ter um valor activo ou passivo, respectivamente<br />

com verbos intransitivos e transitivos. Outra manifestação <strong>da</strong> forma sem auxiliar<br />

evi<strong>de</strong>ncia-se na expressão <strong>de</strong> estados, em que o PAR não estabelece relações temporais e<br />

funciona como um adjectivo.<br />

2.4.3.2. O Particípio no corpus seleccionado<br />

O PAR surge no nosso corpus em exemplos semelhantes sendo que os dois<br />

enunciados escolhidos <strong>de</strong>monstram claramente essa similitu<strong>de</strong>. O verbo introdutório é

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!