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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do alemão no discurso indirecto<br />

tendo em conta as coincidências formais entre os tempos verbais constantes dos dois<br />

modos. Acresce que o KONJII é o modo verbal que, no referido contexto discursivo,<br />

po<strong>de</strong>rá ser empregue em substituição <strong>de</strong> KONJI, o que implica a anulação <strong>da</strong>s diferenças<br />

mo<strong>da</strong>is inerentes aos dois modos, em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> DI. Assim, quando utilizado como<br />

sinalizador <strong>de</strong> DI, KONJII adquire uma carga semântico-pragmática <strong>de</strong> pura sinalização <strong>de</strong><br />

DI e um valor temporal coinci<strong>de</strong>nte com INDK e KONJI. Por outro lado, KONJII po<strong>de</strong><br />

remeter para a mo<strong>da</strong>lização do enunciado, o que implica necessariamente que terá sido<br />

empregue na enunciação original, enquanto factor mo<strong>da</strong>lizante do enunciado. Acresce que,<br />

para além <strong>da</strong> forma sintética, o KONJII tem nas construções analíticas<br />

“wür<strong>de</strong>n+INF”/”wür<strong>de</strong>n+INFII”, uma outra forma <strong>de</strong> estabelecer uma relação <strong>de</strong><br />

dispensabili<strong>da</strong><strong>de</strong> em contextos <strong>de</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> e/ou <strong>de</strong> marcação <strong>de</strong> DI, PR e FUT, e <strong>de</strong> FP,<br />

respectivamente<br />

Ao contrário do que ocorre no INDK, os dois tempos verbais base <strong>de</strong> KONJI e<br />

KONJII (PR e PRT) não estabelecem entre si uma oposição temporal, mas sim <strong>de</strong> cariz<br />

mo<strong>da</strong>l e, entre as formas <strong>da</strong>s duas sequências <strong>de</strong> tempos verbais é possível estabelecer uma<br />

relação <strong>de</strong> dispensabili<strong>da</strong><strong>de</strong> em se <strong>de</strong> DI. No entanto, o modo KONJ prevê uma diminuirão<br />

consi<strong>de</strong>rável <strong>da</strong>s oposições temporais existentes no INDK, ou seja, nomea<strong>da</strong>mente nos<br />

<strong>de</strong>nominados tempos <strong>de</strong> passado, o KONJI e o KONJII possuem, ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les, uma<br />

forma aglutinadora que em DI po<strong>de</strong> marcar a ocorrência <strong>de</strong> PRT, PER e PP <strong>de</strong> INDK, no<br />

discurso original.<br />

O facto <strong>de</strong> a língua alemã possuir, em termos formais, um modo verbal específico<br />

na sinalização <strong>de</strong> DI permite, por isso, que tenhamos encontrado inúmeros contextos em<br />

que ocorre o <strong>de</strong>nominado BR, ou seja, enunciados que não estando sintacticamente<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> um discurso citador, <strong>de</strong> forma expressa, surgem, não em orações<br />

subordina<strong>da</strong>s, mas em frases in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que, <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente sinaliza<strong>da</strong>s pelo KONJI<br />

apontam para a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> imputação <strong>de</strong> um discurso a outra enti<strong>da</strong><strong>de</strong> que não o<br />

jornalista.<br />

Relativamente ao emprego <strong>de</strong> INDK, verificámos que, no corpus seleccionado, este<br />

modo verbal <strong>de</strong>tém alguma representativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo ocorrer enunciados em que nem<br />

sempre é manifestamente clara a i<strong>de</strong>ntificação do modo verbal empregue, se INDK, se<br />

KONJI. Um <strong>da</strong>do relevante quanto ao emprego <strong>de</strong> INDK no discurso indirecto pren<strong>de</strong>-se<br />

com o facto <strong>de</strong> ME actual permanecer inobservado e totalmente irrelevante enquanto ponto<br />

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