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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

leitura atribuí<strong>da</strong> a PRT o distancie <strong>da</strong> enunciação actual e o balize num momento passado<br />

que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> directamente <strong>de</strong>sta.<br />

O PRT implica, como vimos, algumas especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s contextuais que em muito<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do conteúdo do discurso citado original e do posicionamento do jornalista<br />

relativamente a uma <strong>da</strong><strong>da</strong> matéria jornalística, sendo que esta será uma variável a ter em<br />

conta no emprego dos tempos verbais <strong>de</strong> INDK no DI, em alemão. Efectivamente, Zifonun<br />

et alii. (1997: 1780s) e Fabricius-Hansen (1989: 125s) remetem para o facto <strong>de</strong> INDK<br />

sinalizar uma forma <strong>de</strong> perspectiva dupla, em que a voz do LOC original e <strong>da</strong> instância<br />

jornalística parecem concor<strong>da</strong>r.<br />

A integração contextual <strong>da</strong>s formas verbais <strong>de</strong> PRT analisa<strong>da</strong>s aponta para o<br />

emprego do <strong>de</strong>nominado “figuraler verankerter Indikativ” (Fabricius-Hansen 1989: 125s),<br />

em que o discurso citador não serve como ponto <strong>de</strong> ancoragem às formas verbais<br />

constantes <strong>da</strong> oração subordina<strong>da</strong>, sendo antes o MEO que potencia essa subordinação<br />

temporal, o que configura uma leitura <strong>de</strong> dicto, que se aproxima do DD. Esta interpretação<br />

configura, assim, o <strong>de</strong>nominado “Prinzip I”, em que o tempo verbal <strong>da</strong> oração subordinante<br />

não influencia nem contextualiza a forma verbal presente na oração subordina<strong>da</strong>, uma vez<br />

que MEO é o ponto referencial <strong>de</strong> ancoragem, pelo que se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> existir a manutenção<br />

dos tempos verbais constantes do acto discursivo original.<br />

3.4.3. O PR no DI<br />

3.4.3.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

O PR é a segun<strong>da</strong> forma mais utiliza<strong>da</strong> em contexto <strong>de</strong> DI ao nível dos tempos <strong>de</strong><br />

INDK, apresentando uma produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> eleva<strong>da</strong> em contexto <strong>de</strong> oração subordina<strong>da</strong> e<br />

subordinante, com 132 e 62 ocorrências, respectivamente.<br />

O PR é um tempo verbal que apresenta um cariz polissémico por se assumir como<br />

uma categoria verbal não marca<strong>da</strong> “unmarkierte Tempuskategorie” (Du<strong>de</strong>n Grammatik<br />

2005: 511) que lhe permite ocorrer numa varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contextos, sem apresentar as<br />

limitações semântico-temporais <strong>da</strong>s restantes formas verbais dificultando, assim, a sua<br />

sistematização. Há, no entanto, uma unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rável na análise que os vários<br />

autores consultados fazem <strong>de</strong>ste tempo verbal <strong>de</strong>stacando, primeiramente, o seu valor<br />

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