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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

termos <strong>de</strong> nexo lógico e coerência textual seria possível imputar esse segmento aos LOCs<br />

<strong>da</strong> enunciação previamente sinaliza<strong>da</strong>.<br />

Por último, <strong>de</strong>bruçamo-nos sobre o último exemplo (122a), nomea<strong>da</strong>mente, no que<br />

respeita a forma verbal “ziehen”. Estamos, mais uma vez, em presença <strong>de</strong> um caso <strong>de</strong><br />

sincretismo formal entre INDK e KONJ, sendo que o DI ocorre, neste excerto, seguindo a<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> sintacticamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e o BR. Uma vez que em BR surge, <strong>de</strong> forma<br />

inequívoca o PRKI, po<strong>de</strong>ríamos i<strong>de</strong>ntificar a forma “ziehen” <strong>da</strong> mesma forma, ou assumir<br />

que se trata do INDK e que a informação mo<strong>da</strong>l é veicula<strong>da</strong> pelo advérbio<br />

“möglicherweise”.<br />

Os exemplos analisados apontam para um <strong>da</strong>do que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> suscitar alguma<br />

curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou mesmo estranheza. Apesar <strong>de</strong> a língua alemã possuir um modo verbal –<br />

KONJI – que especificamente sinaliza o produto discursivo DI, haver uma sobreposição<br />

semântico-temporal e pragmática <strong>de</strong> KONJI, KONJII e INDK, em alguns contextos, o que,<br />

por vezes, dificulta a i<strong>de</strong>ntificação e interpretação dos enunciados, po<strong>de</strong>ndo mesmo, ser<br />

difícil ou quase impossível a i<strong>de</strong>ntificação do LOC a quem imputar a autoria <strong>de</strong> uma <strong>da</strong><strong>da</strong><br />

enunciação. Efectivamente, a marcação formal <strong>da</strong> transposição discursiva em estilo<br />

indirecto <strong>de</strong>veria propiciar a i<strong>de</strong>ntificação inequívoca do tempo e modo verbal, do LOC<br />

entre outros elementos, não fosse a organização <strong>de</strong> KONJ abolir distinções temporais e<br />

mesmo mo<strong>da</strong>is entre os tempos verbais do segmento I e II e, não houvesse, sincretismo<br />

formal tão marcado entre INDK e KONJ. Assim, po<strong>de</strong>mos constatar que o DI em alemão<br />

exige uma integração e interpretação contextual que é, muitas vezes, o factor <strong>de</strong>terminante<br />

na clarificação dos enunciados.<br />

3.5.10. Os verbos mo<strong>da</strong>is no DI<br />

3.5.10.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

A opção metodológica e organizacional <strong>de</strong> analisar os enunciados que contêm<br />

verbos mo<strong>da</strong>is num sub-capítulo distinto pren<strong>de</strong>-se com o facto <strong>de</strong> o corpus em estudo<br />

apresentar um número significativo <strong>de</strong> exemplos em DI em que este tipo <strong>de</strong> verbo ocorre.<br />

Antes <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>rmos à análise <strong>de</strong> alguns enunciados que nos parecem paradigmáticos,<br />

centramo-nos em alguns <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> caracterização e contextualização <strong>de</strong>stes verbos no<br />

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