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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do alemão no discurso indirecto<br />

contextualização através <strong>de</strong> outras formas verbais, <strong>de</strong> advérbios e adverbiais <strong>de</strong> tempo ou<br />

mesmo <strong>de</strong> orações prévias. Há ain<strong>da</strong> que ter em atenção os <strong>de</strong>nominados “Perfekttempora”,<br />

que sinalizam anteriori<strong>da</strong><strong>de</strong> “Vorzeitigkeit” e cuja interpretação semântico-temporal<br />

pressupõe uma localização relativa face a um ponto <strong>de</strong> ancoragem fornecido<br />

contextualmente. Esta divisão do INDK basea<strong>da</strong> em critérios morfológicos e temporais é,<br />

ain<strong>da</strong>, complementa<strong>da</strong> por um outro parâmetro, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente a questão <strong>da</strong> perspectiva<br />

que se pren<strong>de</strong> com o conceito <strong>de</strong> distância introduzido por Thieroff (1992) e que faz parte<br />

<strong>de</strong> um critério textual e pragmático muito mais abrangente. Efectivamente, Thieroff (1992)<br />

consi<strong>de</strong>ra que a introdução do conceito “distância” lhe permite equacionar o sistema verbal<br />

alemão <strong>de</strong> acordo com um mesmo parâmetro avaliativo que se consubstancia numa<br />

distância temporal para o INDK e mo<strong>da</strong>l para o KONJ, complementando a teoria <strong>de</strong><br />

Weinrich (1993). Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, e tendo em conta, por exemplo, a interpretação semântico-<br />

temporal <strong>de</strong> PRT, que remete para a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação temporal suplementar<br />

forneci<strong>da</strong> contextualmente, explica a sua utilização preferencial no texto narrativo, um<br />

facto salientado pela Du<strong>de</strong>n Grammatik (2005: 510). Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, a teoria <strong>de</strong> Weinrich<br />

(1993), basea<strong>da</strong> essencialmente na atitu<strong>de</strong> enunciativa do LOC, complementa a<br />

interpretação semântico-temporal dos tempos verbais do alemão e permite lançar pistas<br />

para a aferir quanto à organização do INDK, ain<strong>da</strong> que o critério temporal seja essencial.<br />

Ain<strong>da</strong> relativamente à interpretação dos tempos verbais em alemão, e abstraindo <strong>da</strong><br />

distinção feita por Thieroff (1992) entre momento <strong>de</strong> referência e momento <strong>de</strong> orientação,<br />

bem como <strong>da</strong> <strong>de</strong>signação “Betrachtzeit” – ponto <strong>de</strong> observação -, consi<strong>de</strong>ramos que a<br />

análise semântico-temporal dos tempos verbais do alemão encerra os seguintes intervalos<br />

temporais: “Sprechzeit” – tempo <strong>da</strong> enunciação, “Ereigniszeit” – tempo <strong>da</strong> situação e<br />

“Orientierungszeit” – tempo <strong>de</strong> orientação ou referência.<br />

Ain<strong>da</strong> no que concerne a perspectiva <strong>de</strong> Thieroff (1992), segundo a qual as<br />

construções analíticas com o auxiliar “wür<strong>de</strong>n” fazem parte do paradigma verbal do INDK,<br />

não consi<strong>de</strong>ramos aqui essa perspectiva e inserimo-las no KONJ, apesar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rarmos<br />

o valor mo<strong>da</strong>l e temporal <strong>de</strong> condicional que estas formas representam, tendo em conta os<br />

dois textos analisados em paralelo pelo autor (Thieroff 1992: 56s). No entanto, em termos<br />

<strong>da</strong> composição morfológica <strong>da</strong>s formas em questão verificamos que o tempo verbal<br />

conjugável é o KONJII e não o PRT, para além do que a interpretação semântica dos<br />

<strong>de</strong>nominados “FuturPräteritum I/II é <strong>de</strong> génese mo<strong>da</strong>l e esta sobrepõe-se à temporal, o que<br />

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