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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do português no discurso indirecto<br />

No enunciado 116, o predicado principal em PRInd justifica a manutenção <strong>da</strong><br />

forma perifrástica no mesmo tempo verbal; no exemplo 192, a ocorrência <strong>de</strong> PRInd no ao<br />

nível do verbo auxiliar do operador aspectual, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> PPS, <strong>de</strong>ve-se a uma leitura <strong>de</strong><br />

aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong> contínua; no excerto 125, a utilização <strong>de</strong> PImp no discurso citado, implica<br />

uma mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> perspectiva e transpõe PRInd do discurso original.<br />

2.7. Síntese<br />

No início <strong>de</strong>ste capítulo propusemo-nos <strong>de</strong>screver e analisar o comportamento dos<br />

tempos verbais na expressão <strong>da</strong>s relações temporais no acto discursivo <strong>de</strong> citação que<br />

<strong>de</strong>signamos por DI. Procurámos i<strong>de</strong>ntificar e sistematizar as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e limitações<br />

semântico-pragmáticas e sintácticas <strong>da</strong>s formas verbais constantes do corpus em análise,<br />

tendo em conta a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> quantitativa <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> forma no universo do DI, a relação <strong>de</strong><br />

ancoragem face a ME ou a outros pontos <strong>de</strong> referência fornecidos, a integração contextual<br />

<strong>da</strong>s formas verbais tendo em conta as imposições sintácticas exigi<strong>da</strong>s e a relação com<br />

outros sintagmas e as potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s semânticas <strong>da</strong>s formas verbais produzi<strong>da</strong>s<br />

contextualmente.<br />

Na tentativa <strong>de</strong> organizar as nossas conclusões iremos ter em conta os objectivos a<br />

que nos propusemos bem como as hipóteses levanta<strong>da</strong>s inicialmente, procurando<br />

sistematizar as conclusões que nos parecem mais relevantes para lançarmos pistas que<br />

permitam compreen<strong>de</strong>r a forma como os tempos verbais processam a temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />

contexto <strong>de</strong> DI.<br />

Verificámos, inicialmente, que ao partirmos do critério organizacional <strong>de</strong> averiguar<br />

o comportamento <strong>da</strong>s formas verbais no discurso citador e no discurso citado, por<br />

consi<strong>de</strong>rarmos a relação entre estes dois componentes primordial para a compreensão do<br />

DI, nos <strong>de</strong>parámos com algumas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, que procurámos suprir encontrando critérios<br />

que julgamos claros e coerentes e que são, essencialmente, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m quantitativa.<br />

Naturalmente que a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> numérica e objectiva <strong>da</strong>s formas verbais é um elemento<br />

<strong>de</strong> caracterização importante, mas qualquer análise percentual é esvazia<strong>da</strong> <strong>de</strong> sentido sem<br />

se compreen<strong>de</strong>r a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> semântica e as actualizações contextuais dos tempos<br />

verbais, na relação com outras uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s do contexto, que muitas vezes ultrapassam as<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong><strong>da</strong>s como constantes e regulares típicas dos textos gramaticais. Assim,<br />

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