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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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Análise semântico-temporal dos tempos verbais do português no discurso indirecto<br />

exemplo seguinte (34) contém um predicado complexo constituído pelo INF composto<br />

flexionado + preposição + InF não flexionado. A escolha do INF composto pren<strong>de</strong>-se com<br />

o facto <strong>de</strong> este remeter, quando conjugado com o adverbial “um dia <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>”, para um<br />

intervalo <strong>de</strong> tempo que é anterior a um outro marcado pela forma passiva no PPS. A<br />

completiva não finita seguinte é precedi<strong>da</strong> pela preposição “a”, sendo que se trata <strong>de</strong> um<br />

INF impessoal. É uma completiva não finita canónica <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, uma vez que<br />

não há um complementador, mas antes uma preposição exigi<strong>da</strong> pelo verbo. Em termos<br />

temporais, o INF localiza um intervalo anterior a um outro no PPS, sendo coadjuvado por<br />

especificações temporais precisas, para além <strong>de</strong> que o tipo aspectual do predicado tem<br />

valor <strong>de</strong> repetição/iterativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. O enunciado compulsado em segui<strong>da</strong> (114) remete, mais<br />

uma vez, para um predicado complexo, em que a oração completiva é antecedi<strong>da</strong> por uma<br />

proposição, sendo que o sujeito <strong>da</strong> completiva é o objecto directo <strong>da</strong> oração anterior, o que<br />

legitima o uso <strong>da</strong> forma flexiona<strong>da</strong> <strong>de</strong> INF. Em termos temporais, o PRInd confere-lhe um<br />

valor quase enunciativo <strong>de</strong> actuali<strong>da</strong><strong>de</strong>, em que se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a existência <strong>de</strong> uma<br />

coincidência parcial com ME que cita.<br />

Relativamente às ocorrências na oração subordina<strong>da</strong> <strong>de</strong>stacamos os seguintes<br />

exemplos, que nos parecem significativos:<br />

9) Uma tese que foi contra-argumenta<strong>da</strong> pelos arguidos, que consi<strong>de</strong>ravam serem as escutas<br />

nulas, porque a selecção <strong>da</strong>s partes consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s relevantes haviam sido feitas pela Polícia<br />

Judiciária e não pelo juiz <strong>de</strong> instrução. – p.8<br />

10) Meses <strong>de</strong>pois, em Junho do mesmo ano, o Supremo havia anulado aquela <strong>de</strong>cisão, por<br />

consi<strong>de</strong>rar não ter ficado suficientemente clara a questão do acompanhamento <strong>da</strong>s escutas.<br />

– p.8<br />

42) Carmona Rodrigues comprometeu-se a recuperar e mo<strong>de</strong>rnizar a (belíssima) escola e<br />

<strong>de</strong>volvê-la à população estu<strong>da</strong>ntil <strong>da</strong> freguesia, que, entretanto, passou a apren<strong>de</strong>r as letras e<br />

os números na escola nº 23. – p.14<br />

113) O Partido Popular (PP) espanhol anunciou ontem ir apresentar um recuso contra a lei<br />

que permite o casamento entre homossexuais. – p.27<br />

116) Caso o furacão aumente para a categoraia 3, os resi<strong>de</strong>ntes serão mesmo obrigados a<br />

abandonarem as suas casas, disseram as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s, cita<strong>da</strong>s pela AP. – p. 28<br />

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