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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

50<br />

Será, igualmente, nosso objectivo verificar os tempos verbais que ocorrem,<br />

simultaneamente, no discurso citador e citado, apresentam configurações semântico-<br />

temporais distintas, tendo em conta a posição relativa ocupa<strong>da</strong> no DI em específico. Por<br />

fim, procuraremos averiguar quanto à existência ou não <strong>de</strong> uma regra gramatical igual ou<br />

semelhante à formula<strong>da</strong> por Comrie –“sequence of tenses” (vd. supra: 31ss) - para a língua<br />

inglesa, ou se é possível i<strong>de</strong>ntificar algum princípio orientador que <strong>de</strong>fina, para o<br />

português, a ocorrência <strong>da</strong>s formas verbais no produto discursivo específico, que é o DI.<br />

Naturalmente que, tendo em conta o objecto <strong>de</strong> estudo e as limitações que uma<br />

investigação <strong>de</strong> mestrado impõem, reconhecemos que as nossas conclusões serão sempre<br />

relativas e parcelares, ain<strong>da</strong> que tentemos <strong>de</strong>screver e analisar todos os exemplos<br />

significativos <strong>de</strong> todos os tempos verbais que ocorrem no corpus seleccionado. Esperamos,<br />

no entanto, contribuir <strong>de</strong> forma váli<strong>da</strong> para a análise e compreensão dos elementos que<br />

exprimem temporali<strong>da</strong><strong>de</strong>, em especial os tempos verbais, numa configuração tão específica<br />

como a produção do DI tentando, <strong>de</strong>sta forma, apresentar alguns <strong>da</strong>dos que po<strong>de</strong>rão aju<strong>da</strong>r<br />

à <strong>de</strong>scrição do sistema verbal português e reconhecer as suas especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s face ao<br />

sistema verbal alemão.<br />

2.3. Os tempos do IND<br />

2.3.1. O PPS no DI<br />

2.3.1.1. Consi<strong>de</strong>rações Iniciais<br />

O facto <strong>de</strong> o PPS ser o tempo verbal que <strong>de</strong>tém o maior número <strong>de</strong> ocorrências no<br />

corpus seleccionado, mas, mais precisamente, na oração introdutória, aponta para o nosso<br />

objecto <strong>de</strong> estudo. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, e tendo em conta a <strong>de</strong>finição e a natureza do discurso<br />

transposto em estilo indirecto, pois nele se relacionam duas situações comunicativas, em<br />

que uma <strong>de</strong>las reenvia e acomo<strong>da</strong> a outra, a partir <strong>de</strong> um ME (acto <strong>de</strong> comunicação<br />

jornalística), o PPS assume-se como um tempo verbal privilegiado, pois é um tempo <strong>de</strong><br />

passado que tem como ponto <strong>de</strong> perspectiva temporal, por norma, o ME, a partir do qual<br />

localizamos os MSs em causa.

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