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Helena Margarida Guerra de Oliveira Rodeiro A expressão da ...

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A expressão <strong>da</strong> temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> em discurso indirecto em português e alemão: uma análise<br />

contrastiva num corpus jornalístico<br />

Mit <strong>de</strong>m Indikativ und nur mit <strong>de</strong>m Indikativ kann <strong>de</strong>r Sprecher sich unmittelbar auf die<br />

»wirkliche Welt« beziehen, Sachverhalte im Diskurs als gegeben hinstellen und einige<br />

Einstellungen (eigenes Wissen, Glauben, Fürchten, usw.) ausdrücken. Und wenn im gegebenen<br />

Zusammenhang nichts <strong>da</strong>gegen spricht, wer<strong>de</strong>n indikativischen Verbformen auch im Sinne<br />

ge<strong>de</strong>utet. (Du<strong>de</strong>n 2005: 507)<br />

Relativamente à organização do sistema verbal alemão, a oposição morfológica PR-<br />

PRT não é consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> váli<strong>da</strong>, sendo que é a oposição mo<strong>da</strong>l INDK-KONJ que confere<br />

uma base organizacional ao sistema verbal alemão tendo em conta as dimensões tempo e<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nesse sentido, consi<strong>de</strong>ra esta gramática que o INDK compreen<strong>de</strong> dois sub-<br />

grupos, <strong>de</strong>nominados respectivamente: “Tempusgruppe I” e “Tempusgruppe II”, sendo<br />

que a oposição entre eles é <strong>de</strong> índole temporal. A proposta apresenta<strong>da</strong> pela gramática<br />

Du<strong>de</strong>n (2005) distancia-se <strong>da</strong>s propostas <strong>de</strong> Thieroff (1992) ou Weinrich (1977, 1993) na<br />

medi<strong>da</strong> em que consi<strong>de</strong>ra que a distinção entre os dois grupos verbais do INDK é <strong>de</strong><br />

índole temporal e não morfológica. Consi<strong>de</strong>ra, igualmente, que o critério que permite<br />

organizar o modo KONJ em KONJI e KONJII é iminentemente mo<strong>da</strong>l. Acresce que a<br />

forma “wür<strong>de</strong>” é incluí<strong>da</strong> no modo KONJ, o que justifica a redução do “Tempusgruppe II”<br />

do INDK, na medi<strong>da</strong> que não há um equivalente para as referi<strong>da</strong>s construções neste modo.<br />

A escolha <strong>de</strong> critérios diferentes para organizar os dois modos em estudo pren<strong>de</strong>-se com o<br />

facto <strong>de</strong> os tempos do KONJ não permitirem distinções semântico-temporais como as que<br />

ocorrem no INDK, em que o PER, PRT e PP assumem, em termos absolutos ou relativos,<br />

o valor <strong>de</strong> anteriori<strong>da</strong><strong>de</strong>, que no KONJ só é fornecido por uma única forma aglutinadora<br />

<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong> “Perfekttempus”. Assim, só no INDK as formas base PR e PRT adquirem<br />

a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> conceptual <strong>de</strong> tempos verbais, ao contrário dos tempos homónimos do KONJ,<br />

e <strong>da</strong>í a escolha dos critérios distintivos apresentados. 31<br />

O mesmo texto gramatical estabelece que a função do KONJ incorpora duas<br />

vertentes: “Irrealität”/“Potenzialität” e “Referat”, sendo possível a utilização <strong>de</strong> KONJI/ II<br />

nos contextos mencionados, para além <strong>de</strong> que o KONJI po<strong>de</strong> ter uma função secundária na<br />

expressão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos, or<strong>de</strong>ns e pedidos, em que os verbos mo<strong>da</strong>is e o verbo “sein” são os<br />

mais recorrentes.<br />

31 A gramática Du<strong>de</strong>n consi<strong>de</strong>ra que as dimensões tempo e mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> não são estanques na medi<strong>da</strong> em que<br />

se entrecruzam num ponto <strong>de</strong> referência central que é a enunciação que simultaneamente estabelece a<br />

distinção entre “Nichtvergangenheit” e “Wirklichkeit”. Assim, se explica, segundo os autores, o valor<br />

temporal e mo<strong>da</strong>l que formas <strong>de</strong> FUT e a construção “wür<strong>de</strong>+INF” (Du<strong>de</strong>n 2005:510).<br />

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