Revista do Tribunal Regional do Trabalho - 21ª Região - RN

300Ocorre que, não obstante suas alegações, a reclamada nãoapresenta um só fato capaz de dar suporte às suas assertivas deparcialidade da julgadora de origem. Ao invés disso, limita-se a emitiropiniões pessoais e subjetivas acerca da sentença. A assertiva étotalmente inconsistente. Se realmente ela, reclamada, entendesse quea Juíza foi parcial teria suscitado o incidente de suspeição previsto nosartigos 312 a 314 do CPC, o qual se funda em prova documental etestemunhal.Embora a reclamada exponha como duvidoso o conjuntoprobatório utilizado pela r. magistrada a quo para proferir suasentença, há que se ressaltar, nesse caso, a consagração a princípiosadotados na seara trabalhista que dão respaldo para que o juiz possaembasar sua fundamentação. São eles: os Princípios da LivreConvicção Motivada e da Busca pela Verdade Real.O princípio da persuasão racional ou da livre convicçãomotivada do juiz, a teor do que dispõem o art. 765 da CLT, e o art.131do Código de Processo Civil, revela que ao magistrado cabe apreciarlivremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantesdos autos.Já o princípio da busca pela Verdade Real, goza de grandeimportância no Direito Laboral, pois proclama que todos os atosprocessuais devem buscar a realidade dos fatos, admitindo, em virtudedisso, a requisição de provas, de ofício, pelo juiz.Outrossim, impende ressaltar que, além dos elementosR. do Trib. Reg. Trab. 21ª.R., Natal, v. 17, n.1, p.293– 469, jun. 2012