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Revista do Tribunal Regional do Trabalho - 21ª Região - RN

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56humanidade, mas nascem com uma vocação de mais-ser (ou ser-mais)a ser despertada e posta em movimento para que assim os sereshumanos se construam como seres antropológicos. São, portanto,seres chama<strong>do</strong>s a construírem uma biografia humana (individualcoletiva)e se fazerem ou se remeterem além de si mesmo, isto é, alémda sua esfera meramente biológica. 3A história de toda a civilização humana revela que desdeos seus primórdios a prática política, também chamada antropolítica, éimprescindível ao processo de explicitação da vocação humana. Emto<strong>do</strong>s os campos da vida social, o processo histórico vemevidencian<strong>do</strong> que a maior ou menor afirmação da vocação ontológicacoincide com o grau de organização e luta da sociedade, que não rarotem que enfrentar os interesses antagônicos alberga<strong>do</strong>s no espaçomacrossocial ora pelo Esta<strong>do</strong> e ora pelo Merca<strong>do</strong>.A luta política no espaço macrossocial há de ser aresistência em favor da explicitação <strong>do</strong> ser humano genérico e daabolição das estruturas que o oprimem. No espaço microssocial o________________3 Nesse senti<strong>do</strong> é a lição de Pierre Teilhard de Chardin (2006, p. 48): À nossa volta eem nós, a energia humana, ela própria sustentada pela energia universal que elacoroa, continua perseguin<strong>do</strong> sua misteriosa progressão a esta<strong>do</strong>s superiores depensamento e liberdade. Queiramos ou não, vemo-nos envolvi<strong>do</strong>s, totalmente, nessatransformação. Assim, repito minha questão: que iremos fazer? - Resistir à corrente?Seria loucura e, em to<strong>do</strong> caso, impossível. Deixar-nos passivamente levar pelacorrente? Seria covardia. E, de resto, como permanecermos neutros, nós, cujaessência é agir?R. <strong>do</strong> Trib. Reg. Trab. 21ª.R., Natal, v. 17, n.1, p.37– 64, jun. 2012

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