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Revista do Tribunal Regional do Trabalho - 21ª Região - RN

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59necessariamente por um psicólogo, um representante <strong>do</strong>strabalha<strong>do</strong>res ou um representante da empresa, uma vez que estasinstitucionalidades – diferentemente da CPQV – tendem a elitizar oque deveria ser espaço dialogal e a inibir a voz de quem está na base.O poder estatal atribuiu-se a missão de contornartemporariamente a aceleração das demandas sociais. Tal desideratonão foi decorrência de mero favor <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, mas de uma prova deque a crescente pressão da sociedade civil interferiu e pode interferirmuito mais na expansão capitalista.Comprimin<strong>do</strong>-se entre as forças antagônicas <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> eda sociedade, o Esta<strong>do</strong> assimila o conflito entre capital e trabalho,estabelecen<strong>do</strong> regulamentos e escoran<strong>do</strong> as pilastras <strong>do</strong> capitalismoatravés <strong>do</strong>s investimentos em infraestrutura. Outrora o Esta<strong>do</strong>preocupou-se em conformar os trabalha<strong>do</strong>res através de um modelo deBem Estar Social, oportunidade em que o merca<strong>do</strong> pareceu ter si<strong>do</strong>controla<strong>do</strong>. Não demorou para se perceber na década de 1980 que omerca<strong>do</strong> sobrepujou definitivamente a sociedade e o Esta<strong>do</strong>,constrangen<strong>do</strong>-os a adaptarem-se ao cre<strong>do</strong> neoliberal, conformedescrito no catecismo <strong>do</strong> Consenso de Washington e que se baseia nospostula<strong>do</strong>s de desregulamentação, flexibilização, equilíbrio fiscal eprivatização.A adesão ao merca<strong>do</strong> é o reflexo das forças capitalistastransnacionais que subjugam o Esta<strong>do</strong> e as classes produtivas, através<strong>do</strong> esvaziamento da regulação interna, de modificações na gestão daR. <strong>do</strong> Trib. Reg. Trab. 21ª.R., Natal, v. 17, n.1, p.37– 64, jun. 2012

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