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cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude

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IntroduçãoO Brasil vive, nesse início de século, uma situação de saúde que combina umatransição demográfica acelerada e uma transição epidemiológica singular expressana tripla carga de doenças: uma agenda não superada de doenças infecciosas ecarenciais, uma carga importante de causas externas e uma presença fortementehegemônica das condições crônicas.Como os sistemas de atenção à saúde são respostas sociais deliberadas às necessidadesde saúde da população, eles devem guardar uma coerência com a situaçãode saúde. A falta dessa coerência, nesse momento, determina a crise fundamentaldo SUS. Essa crise é fruto do descompasso entre a velocidade com que avançam osfatores contextuais (a transição demográfica, a transição epidemiológica e a inovaçãoe incorporação tecnológica) e a lentidão com que se movem os fatores internosque representam a capacidade adaptativa do sistema de atenção à saúde a essasmudanças (cultura organizacional, arranjos organizativos, sistemas de pagamentoe incentivos, estilos de liderança, organização dos recursos). Desse descompassoresulta uma situação de saúde do século XXI sendo respondida socialmente por umsistema de atenção à saúde forjado na metade do século XX quando predominavamas condições agudas.O SUS é um sistema que se organiza de forma fragmentada e que responde àsdemandas sociais com ações reativas, episódicas e voltadas, prioritariamente, paraas condições agudas e para as agudizações das condições crônicas. Isso não deucerto nos países desenvolvidos, isso não está dando certo no Brasil.A solução para essa crise está em acelerar a transição do sistema de atenção àsaúde por meio de reformas profundas que implantem as redes de atenção à saúde,coordenadas pela atenção primária à saúde.Uma atenção primária à saúde, na perspectiva das redes de atenção à saúde, devecumprir três funções essenciais que lhe imprimem a característica de uma estratégiade ordenação dos sistemas de atenção à saúde: a função resolutiva de atender a85% dos problemas mais comuns de saúde; a função ordenadora de coordenar osfluxos e contrafluxos de pessoas, produtos e informações nas redes; e a função deresponsabilização pela saúde da população usuária que está adscrita, nas redes deatenção à saúde, às equipes de <strong>cuidado</strong>s primários. Só será possível organizar o SUS21

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