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cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude

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Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da SaúdeBoxe 23: O caso da Sra. H.A Sra H., irmã da Sra. G, é uma mulher de 59 anos de idade, avó, com 12 anos de história dediabetes tipo 2, complicada por hipertensão arterial e episódios recorrentes de depressão maior.Ela tem um índice de massa corporal de 36 e tem lutado para controlar seu peso desde o iníciode sua idade adulta. Numa consulta recente com seu médico de família verificou-se que ela estavacom hemoglobina glicada de 8,9%, com pressão arterial de 148/88 e com sintomas que sugeriamdepressão. O Dr. M, médico de família, postergou o ajuste das medicações hipoglicemiante eantihipertensiva até que a depressão estivesse controlada e a encaminhou ao ambulatório especializadoem saúde mental. O Dr. M entrou em contato com o Dr. P., psiquiatra de referência paraaquela unidade da ESF, que ele conhecia de longa data e que, regularmente, se encontravam paradiscutir casos clínicos de interesse comum. O Dr. M, usando o prontuário eletrônico que estavaem rede com a unidade de saúde mental, preencheu o campo concernente à referência paraespecialista e agendou a consulta com o Dr. P., orientando Sra. H. que buscasse o comprovantedo agendamento com a coordenadora de <strong>cuidado</strong> da unidade, um técnico em enfermagem. ASra. H. teve problemas com seus netos e não pode estar presente à consulta agendada. O técnicoem enfermagem verificou no sistema eletrônico que a Sra. H. não comparecera e fez um novoagendamento com o psiquiatra e lhe comunicou a nova data e horário. Quando a Sra. H. encontrouo psiquiatra ele já tinha, à sua frente, o formulário de referência enviado pelo Dr. M. O Dr. P.fez a consulta e ajustou a medicação antidepressiva, mas verificou, também, que a Sra. H. estavacom pressão elevada, dor de cabeça e fadiga. Por isso, providenciou para que ela fosse agendada,naquele mesmo dia, à tarde, com o Dr. M na unidade da ESF. O Dr. M a atendeu prontamente eajustou a medicação antihipertensiva e pediu que ela retornasse dias depois. Quando retornou,estava melhorando da depressão e sua pressão estava se normalizando.Fonte: Adaptado de: The Commonwealth Fund (959)Esse caso reflete alguns dos resultados positivos que se tem encontrado sobre omodelo da coordenação do <strong>cuidado</strong> entre a ESF e a AAE.Parafraseando J. Fry, pode-se afirmar que a coordenação do <strong>cuidado</strong> nas relaçõesentre a ESF e a AAE é importante para proteger as pessoas usuárias dos especialistasinadequados e os especialistas das pessoas usuárias inadequadas (933) .Há evidências de que a coordenação do <strong>cuidado</strong> entre os generalistas e os especialistasmelhora a atenção à saúde pela redução do uso de recursos (336, 342, 793, 975, 976, 977) ;pela obtenção de melhores resultados sanitários (336, 342, 976, 971, 978, 979, 980, 981, 982, 983) ; pelamaior satisfação das pessoas usuárias (971, 984) ; e pela melhoria da comunicação (985, 986, 987) .O modelo da coordenação do <strong>cuidado</strong> pode ser aplicado ao SUS, como basede uma nova forma de relação entre a ESF e a AAE. Dessa forma, rompe-se coma forma hegemônica, a atenção em silos, fruto da fragmentação do sistema e quenão gera valor para as pessoas usuárias de nosso sistema público de saúde. Algumasexperiências radicalizam o modelo da coordenação do <strong>cuidado</strong> entre os generalistase os especialistas colocando-os trabalhando juntos, num mesmo espaço físico, comoé o caso da Kaiser Permanente (286) .352

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