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cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude

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O CUIDADO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDEde condições crônicas por estratos de riscos; elaborar, colaborativamente, os planosde <strong>cuidado</strong> e a agenda de atendimentos periódicos; e redesenhar os processos parasuperar as falhas ocorridas (831) .A oferta de atenção programada é um ponto fundamental do elemento demudança do sistema de prestação de serviços do CCM e, por consequência, estáassociada com a melhoria da qualidade da atenção à saúde (3) . A oferta da atençãoprogramada tem sido considerada uma forma de escapar da tirania do urgente (832) .Os sistemas fragmentados de atenção à saúde, em geral, apresentam uma relaçãodesequilibrada entre a atenção à demanda espontânea e a atenção programada, comprivilegiamento da primeira. Isso é natural porque eles se estruturam, basicamente,para o controle das condições e dos eventos agudos.O enfrentamento das condições crônicas, predominantemente por meio derespostas discretas e não programadas, em unidades de pronto-atendimento ambulatoriaisou hospitalares, leva, inexoravelmente, ao fracasso sanitário e econômicodos sistemas de atenção à saúde. Por consequência, políticas de incremento dessasunidades, descoladas de esforços de melhoria da atenção às condições crônicas,especialmente na APS, são estratégias inefetivas e ineficientes.Uma vez que as condições agudas exigem uma atenção focada no evento agudoe que haverá, sempre, alguma quantidade de episódios de agudização das condiçõescrônicas, um sistema de atenção à saúde deve planejar a capacidade de oferta daatenção à demanda espontânea para dar conta dessa demanda. Por outro lado,numa RAS, organizada segundo o MACC, um objetivo central há de ser o de minimizara ocorrência de agudizações dessas condições. Ações nesse sentido devem serplanejadas e devem estar baseadas na utilização de intervenções que apresentemevidências de sua efetividade.É possível reduzir a atenção à demanda espontânea, seja ambulatorial, seja hospitalar,implantando-se RASs com os modelos de atenção às condições crônicas. Tome--se o caso das internações hospitalares não programadas. Estudos indicam que 75%das reinternações hospitalares são evitáveis, sua maioria com um manejo adequadona APS, o que constitui a base do conceito de internações por condições sensíveisà atenção ambulatorial (833, 834) . Há, na literatura internacional, evidências sobre oimpacto do CCM na redução dessas internações hospitalares. Revisões sistemáticase meta-análises realizadas com portadores de insuficiência cardíaca mostraram quea introdução de intervenções-chave do CCM, dentre elas o incremento da atençãoprogramada na APS, permitiram reduzir as internações hospitalares não programadasem 50% a 85% e as reinternações em até 30% (835, 836, 837, 838, 839) .303

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