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cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude

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O CUIDADO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDEnão se organizar a atenção às condições crônicas, também em redes, mas com umaalta prioridade para a melhoria da qualidade da ESF (842) . Há um perigo latente, parao qual se deve estar atento, de uma sobreoferta de atenção não programada aoseventos agudos que desorganize e desfinancie a ESF pelo estabelecimento de umacompetição predatória por recursos escassos entre os dois tipos de equipamentosporque se sabe que o custo de uma UPA é maior do que o de várias unidades da ESF.Isso é particularmente importante nos pequenos e nos médios municípios.É, portanto, fundamental para o SUS que se implante na ESF uma ação clínica deincremento relativo da atenção programada. Isso se fará introduzindo, de forma rotineira,o agendamento de retorno, no tempo previsto nas diretrizes clínicas, ao final de cadaatendimento a uma condição crônica não agudizada, para revisão do plano de <strong>cuidado</strong>.Da atenção uniprofissional para a atençãomultiprofissionalUma quinta mudança fundamental na atenção à saúde para a aplicação doMACC na ESF está no movimento de uma atenção uniprofissional, fortementecentrada no médico, para a atenção multiprofissional provida por uma equipede saúde da família.As evidências demonstram que a consulta médica de curta duração, comoinstituição central da atenção à saúde nos sistemas fragmentados, não funcionano manejo das condições crônicas e deve ser substituída por outras estratégiasque convocam uma atenção à saúde multiprofissional. A razão é que essa atençãocentrada na consulta médica de curta duração não é capaz de prover os <strong>cuidado</strong>sadequados às condições agudas e crônicas, de manejar as múltiplas condições desaúde de acordo com as evidências disponíveis e, por consequência, de promoveras interações produtivas entre os médicos e as pessoas usuárias (155) .Como resolver esse problema, sem prescindir da consulta médica que é indispensávelnos atos médicos indelegáveis e no exercício da liderança dos médicosnas equipes de saúde da ESF?Há duas estratégias alternativas. Uma primeira, conhecida como a estratégiado porteiro e informada por argumentos de senso comum, consiste em reduzira população sob responsabilidade de cada médico. Ela tem sido proposta reiteradamenteno nosso país, mas encontra, no SUS, dois obstáculos insuperáveis: abaixa oferta de médicos de família e comunidade e os custos em que incorreria.A segunda, a solução mais viável e que tem sido denominada de estratégia dacomplementação, implica a utilização de uma equipe de saúde multiprofissional305

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